Cota zero em Mato Grosso do Sul pode ter afrouxamentos

Reunião entre secretário do governo estadual e Federação de Pescadores serviu para esboçar os termos da nova lei de pesca em Mato Grosso do Sul

Por Lielson Tiozzo

A cota zero em Mato Grosso do Sul pode ser anunciada na próxima semana pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). No entanto, alguns detalhes podem afrouxar a medida. O curimba, que há mais de 20 anos é protegido no estado, seria liberado. E este ano a medida ainda permitiria uma cota de consumo local de 5 kg de peixes.

As possibilidades foram discutidas numa reunião entre a Federação de Pescadores e Agricultores do Estado e o secretário-adjunto da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Ricardo Senna. O órgão estadual busca um entendimento que não afete a pesca profissional.

No caso da cota zero, a tendência é que a medida endureça apenas partir de 2020. Cada pescador licenciado teria direito a consumir apenas um exemplar e no local da pescaria. Algo similar ao que se dá em relação ao dourado e ao pintado em Corrientes, na Argentina.

De acordo com Senna, o objetivo do governo é implementar a cota zero de maneira gradual. Avaliando os impactos a cada avanço da medida pelo conservacionista.

“O governo, com a cota zero, não está criminalizando ninguém. O objetivo é ter mais peixe, mais turista, mais emprego e renda”, afirma Senna.

Vale destacar que em Mato Grosso do Sul o dourado já ganhou o status de protegido. E até o final do mês apenas o pesque-e-solte está autorizado na calha do Rio Paraguai.

O curimba é protegido em Mato Grosso do Sul desde 1994, mas agora pode ficar fora da restrição de transporte de pescado