Cota zero do tucunaré pode chegar a Mato Grosso do Sul

Estado, que já protege o dourado, pode ter novidades em relação à outra espécie bastante procurada; Presidente de Associação, no entanto, adverte: “tem muita gente contra”

Por Lielson Tiozzo

A cota zero do tucunaré em Mato Grosso do Sul deve ser proposta ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A possibilidade foi levantada durante o último Torneio de Pesca em Três Lagoas (MS), que se deu no último final de semana.

A reportagem da Pesca & Companhia confirmou a informação com o presidente da APETL, Kenzo Sigaki. “Estamos desenhando uma minuta para um projeto ou um aditivo ao decreto da cota zero (do dourado)”, explica.

Desde janeiro o transporte e o comércio do dourado estão proibidos em todo o estado. No entanto, de acordo com Sigaki, há certa resistência de empresários que atuam no Pantanal quanto à implementação da mesma medida para o tucunaré.

“Pensamos em não envolver o Pantanal, onde tem muita gente contra”, adverte.

Sendo assim, a proposta seria para estabelecer a cota zero na região do Rio Paraná. Em especial nos lagos das usinas hidrelétricas.

À imprensa local o secretário da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Ricardo Senna, acenou positivamente para a medida.

“Vamos levar ao governador essa reivindicação de ampliar o controle da pesca. E então vamos incluir uma espécie que veio para dominar o Rio Paraná e hoje proporciona a realização do maior torneio de pesca esportiva do Brasil em Três Lagoas”, diz.

A cota zero do tucunaré é um desejo antigo dos pescadores em Mato Grosso do Sul