Três perguntas e respostas sobre o emprego de isca artificial de superfície

Pescadores gostam de empregar este modelo porque ela proporciona um momento único de ataque e muita emoção

O uso da isca artificial de superfície sempre mexe com o imaginário do pescador. Isto porque ela é capaz de despertar a fúria de um peixe, que sai das profundezas para abocanhá-la. Nisto, a cena produzida acelera o coração de quem está pescando e a adrenalina é recompensadora.

Para usar a isca artificial de superfície, que engloba zaras, poppers, hélices e outras, o pescador deve levar em consideração as seguintes informações.

Por que usar uma isca de superfície?

Não importa se é no mar, água doce ou salobra, nada consegue igualar o ataque de um peixe em uma isca de superfície. Mas além da emoção que elas proporcionam, esses modelos oferecem algumas vantagens incontestáveis, como a possibilidade de cobrir grandes áreas e ajudar a identificar o comportamento do peixe.

O peixe ataca uma isca de superfície porque identifica que ela está numa situação vulnerável, com poucas possibilidades de fuga, que só poderá ir para os lados, pois se afundar será pega pelo predador e acima está uma barreira que não pode transpor por muito tempo.

Até qual profundidade é produtivo pescar essas artificiais?

Em água doce, no geral, até uns cinco metros é muito comum e produtivo. Dependendo da espécie e o porte dos peixes esse parâmetro pode aumentar ou diminuir.

Fazendo uma analogia, nadar cerca de 10 m ou mais não é um problema, pois seria algo como a gente dar 10 a 15 passos. Mas lembre-se, percorrer algumas distâncias pode ser um perigo, especialmente para os exemplares menores. Isso porque eles ficam expostos a ataques de predadores maiores. Por este motivo é comum que os peixes menores se arrisquem menos.

Quando pescamos em lugares mais fundos também é preciso ter um paciência e fazer diversos arremessos no mesmo lugar. Isso serve tanto para provocar o predador que pode estar ali, mas está menos ativo; para fazer com que o peixe localize a sua artificial ou ainda fazer com que ele vá se locomovendo de forma mais lenta e segura até o momento e o local em que se sinta seguro para o ataque.

Já na água salgada, Tuba lembra que a profundidade do local é indiferente. O que importa é o tipo de peixe e onde que eles se encontram, pois já capturou olhos-de-boi em lugares de 50 metros de profundidade usando poppers. Na pesca dos marlins as iscas são usadas no corrico na superfície em profundidades que muitas vezes passam de 1.000 metros.

A época do ano influencia?

No geral, a época do ano está ligada basicamente a temperatura da água e isso altera o comportamento das espécies. A maioria das delas fica mais ativa com a água mais quente, como é o caso do tucunaré, que é possível pescá-lo com água a até 28ºC na superfície. Também existem outras espécies, como a truta, que fisgamos a 8ºC.

No mar os melhores resultados com iscas de superfície são do meio para o final do inverno até o começo do outono. Pois no verão a água na superfície tende a ficar muito quente e mais pobre em oxigênio, por isso as espécies procuram águas um pouco mais frias e ricas.

É importante ressaltar que você até pode fisgar um peixe de clima quente em um dia frio, mas para isso precisa localizar lugares que reúnam características favoráveis para tentar essa captura, como procurar pontos mais rasos ao meio dia, que são pontos que tendem a esquentar a água mais rápido ou mais quente.

Procurar estruturas que mantenham a temperatura mais quente como em pontos abrigados de vento, com pedras ou muita vegetação; além de pescar nos períodos mais quentes do dia.

O número de capturas será menor, mas provavelmente você poderá ter boas surpresas.

A isca artificial de superfície proporciona ataques memoráveis. Mas para que ela funcione, o pescador deve fazer um trabalho minucioso