Espécie é conhecida pela agressividade e por proporcionar saltos espetaculares quando fisgada
Por Rodrigo Amaral
Quem já o pescou sabe. O ataque do aruanã é formidável. Vale destacar diversas curiosidades. Sua reprodução se dá no período das enchentes. E o macho cuida dos filhotes, carregando-os dentro da boca; os jovens podem fazer várias viagens experimentais fora da boca do pai, antes de sair dela permanentemente.
Conhecido também como língua-de-osso, o aruanã possui corpo alongado coberto por escamas grandes, cabeça ossuda, as espinhas dorsal e anal possuem leves raios e são longas, enquanto as peitorais e ventrais são pequenas.
Presente tanto nas Bacias Amazônica quanto na do Araguaia-Tocantins, normalmente é encontrado em águas paradas, lagos, igapós e remansos. Seus barbilhões servem para captar oxigênio da superfície.
Existem dez espécies de aruanãs espalhadas pelo mundo. No Brasil temos o aruanã (Osteoglossum bicirhossum) e o aruanã-preto (O. Ferreirai), encontrado no Rio Negro. Especialistas apontam o pirarucu como um terceiro membro da espécie na América do Sul, sendo ele pertencente a uma subfamília do aruanã. Estudos genéticos remetem a fósseis das espécies com 220 milhões de anos.
De acordo com a IGFA, o recorde do aruanã na categoria All Tackle (mais pesado) é de um exemplar com 6.58 kg, capturado no Rio Preta da Eva, no Amazonas, em 2009. Já o mais comprido, “All Tackle Lenght”, mediu 86 cm e foi pescador em 2016 no Rio Sucunduri.
Já o aruanã-preto tem apenas um registro de recorde e que supera os 30 anos. Em 1987 um exemplar de 2.27 kg foi pescado no Rio Bita, na Colômbia.
Conhecendo suas características, fica mais fácil encontrá-lo no rio. Após visualizar o peixe, é caprichar no arremesso e lançar a isca alguns metros à sua frente; use preferencialmente iscas de superfície.
Esses são peixes muito vorazes e não irão hesitar em atacar a isca. Para a brincadeira ficar ainda melhor, utilizei equipamento de fly, usando imitação de insetos e streamers como isca.