Três técnicas para pescaria de tambaquis nos pesqueiros

O pescador pode se apegar a qualquer uma delas para ter sucesso na busca pelos grandes redondos

Por Alexandre Olo

A pescaria de tambaquis nos pesqueiros é uma febre. Mas, no começo, ela baseada quase que inteiramente na técnica de fundo, geralmente usando como iscas: minhocas, salsicha, tripas de galinha e massas feitas à base de farinha de trigo, acrescidas de suco em pó para tingir e dar aroma.

Porém, ao longo do tempo e em conjunto com a alimentação à base de ração flutuante, feita pelos próprios donos, acabaram modificando a área de ataque às iscas, trocando o fundo do lago pela meia água e pela superfície.

As iscas mais usadas e que oferecem melhor resultado na pesca de meia água são o beijinho, minhocuçu, ração furadinha ou na pinga e em alguns casos até mesmo cubinhos de goiabada podem ser uma boa pedida.

Mais detalhes

Podemos certamente afirmar que o ponto mais emocionante nessa pescaria são os ataques fulminantes nas iscas de superfície, que podem ser comparadas com verdadeiras explosões na flor da água. Desde que começou a ser difundida a pesca com cevadeira, vários foram os artifícios criados para atrair o interesse do peixe, mas existem algumas montagens que se destacaram e podem ser consideradas mais eficientes:

1-Boião com miçanga, coquinho ou ração furada ou úmida: monte um chicote curto, amarrado diretamente na boia, com aproximadamente 30 cm de monofilamento 0.40 e um anzol do tipo chinu nº 5 ou 6 já com a miçanga ou o coquinho. No caso da ração é só iscar no anzol antes do arremesso.

2-Palminho: Amarre na boia cevadeira um chicote mais longo de aproximadamente 2 a 3 metros, com uma boia menor de cor (sinalizadora) a mais ou menos um palmo antes do anzol, que pode ser o mesmo da 1º montagem. Funciona bem quando os peixes estão manhosos e refugando mais próximo da boia. As iscas podem ser as mesmas citadas anteriormente.

3- Chicote longo com cacho de uva ou anteninha: A montagem é a mesma, porém, na ponta da linha, ao invés do anzol, utilizamos essa isca feita de EVA que é muito eficiente e pode ser encontrada em lojas ou até mesmo feita em casa de maneira artesanal.

Para finalizar, duas dicas básicas e que devem ser seguidas por todos os pescadores. A primeira é sempre usar anzol sem farpa ou com ela amassada. A segunda e principal é nunca fazer uso do alicate de contenção para manusear o peixe.

Se não tiver passaguá próprio, peça algum emprestado a alguém, evitando assim que acidentes aconteçam causando sequelas muitas das vezes irreversíveis, como quedas, quebra dos dentes e mutilação da boca, caso o peixe se debata ainda estando preso pelo alicate.

O autor lembra que houve uma grande evolução na pescaria em pesqueiros