Entrar n’água para pescar traíras é raiz e eletrizante

Especialmente em dias com condições climáticas favoráveis e principalmente com segurança, o pescador pode aproveitar esta modalidade

Por Lester Scalon

Entrar n’água para pescar traíras é especial. Uma das maiores vantagens desta pescaria é que conseguimos explorar o ponto de pesca como nenhuma outra; cada buraco, cada galhada podem ser vasculhados por nossa isca.

As traíras frequentam vários locais dentro do lago, desde os profundos a 40 m até as partes mais rasas. E são nestes locais que vamos à sua procura, só que junto também estão os cardumes de tucunarés à caça de alimento.

As traíras normalmente ficam sozinhas encostadas nas estruturas, onde encontram abrigo e esconderijo para espreitar suas presas, mas de vez em quando achamos um cardume em torno de uma estrutura.

Mas devemos lembrar de regras de segurança. Devemos ter como referência a regra de água no máximo até a altura do joelho. É prudente o emprego de um colete salva-vidas, caso o pescador não tenha conhecimento da profundidade do local onde estará pescando.

Mudança de hábito

Trabalhar as iscas com parte do corpo dentro d’água foge dos padrões normais de pesca, mas dá para administrar legal. Varas mais curtas de 5’ até 5’6” são mais apropriadas, pois facilitam o trabalho do pescador, principalmente trabalhando iscas de superfície.

Algumas precauções têm que ser tomadas. Sempre existe a possibilidade de se encontrar com animais silvestres, esbarrar em pontas de paus submersas.

Quando fisgamos um peixe e ele se aproxima do pescador, ter calma para manuseá-lo e cansá-lo é fundamental, pois corremos o risco de ele nadar entre as pernas do pescador e ser fisgado por uma garateia da isca.

A pescaria de traíras feitas dentro d’água requer cuidados, mas os resultados são eletrizantes