Corrico: técnica para capturar os grandes pintados

Conheça um método eficaz que usa a correnteza para capturar a famigerada espécie

Por Pepe Mélega

O corrico é uma forma de pescar que utiliza um barco e ele navega a uma determinada velocidade, arrastando uma ou mais iscas para simular uma presa ou um cardume de pequenos peixes.

Essa é uma das modalidades de pesca mais antigas e, apesar de parecer simples, envolve alguns detalhes que devem ser seguidos à risca.

Em alguns trechos da parte argentina do Rio Paraná se corrica (trolling) a favor da correnteza, ou seja, conta com a força da natureza para que a isca consiga atingir uma maior profundidade.

Os experientes guias de diversas pousadas usam essa forma para conseguir um melhor resultado na pesca dos gigantes surubins.

Isso acontece porque a espécie gosta de passar boa parte do tempo junto ao fundo no leito do rio, em locais que formam poços ou que são protegidos da corrente, próximos a grandes pedras.

A velocidade do barco é de aproximadamente três nós (cerca de 5,5 km/h), permitindo que os plugs de barbela longa cheguem a grandes profundidades auxiliadas pela força d’água.

Já com o dourado acontece justamente o contrário. É costume corricar subindo o rio, normalmente em uma trajetória perpendicular, criando um traçado em “z”, indo de lado a lado das margens.

Essa diferença de característica é porque o rei do rio fica mais ao meio da coluna d’água, preferencialmente protegido por obstáculos, onde partem para um rápido ataque a alguma presa.

Trabalhando dessa forma, a artificial consegue se manter mais acima do fundo, ou seja, ela enfrenta a força d’água como resistência, evitando que ela afunde demais.

O corrico para pintado em no Rio Paraná usa a força da natureza para que a isca consiga atingir uma maior profundidade