Campeonatos de pesca esportiva buscam maior organização para evoluir ainda mais no Brasil

No Pesca & Companhia Trade Show, pescadores esportivos avaliam o cenário das competições da modalidade no país

Durante a 14ª edição do Pesca & Companhia Trade Show, que ocorre entre os dias 17 e 20 de março, em São Paulo (SP), personalidades ligadas à pesca esportiva se organizam para melhorar ainda mais a experiência dos participantes da pesca esportiva em todo País. O universo de pescadores no Brasil é estimado em 9 milhões de pessoas e o mercado movimenta mais de R$ 10 bilhões.

Com 8,500 quilômetros de costa e sete bacias hidrográficas, a geografia brasileira também favorece esse crescimento. Todos os meses são organizados cada vez mais campeonatos de praia, em água salgada e os de água doce, em rios e lagos.

Mas um detalhe chama atenção dos especialistas na modalidade que visitam o Pesca & Companhia Trade Show: os campeonatos de pesca esportiva são realizados regularmente, mas muito pouco catalogados. Atualmente, grande parte dos torneios voltados para a pesca não tem ligação direta com confederações e federações, o que dificulta a centralização de resultados e ranqueamento de atletas.

Mesmo assim, muitos torneios têm sido cada vez mais valorizados ao atrair mais participantes, mover as economias locais, oferecendo boas premiações aos vencedores. Fato que tornou esse mercado um dos grandes responsáveis por movimentar o lado econômico da pesca esportiva.

”Os torneios de pesca que estão alavancando absurdamente no país, são muitas cidades que entram cada vez mais nas rotas de torneios. Existem eventos que a premiação gira em torno de 200 mil reais”, contou Lester Scalon, um dos grandes nomes da pesca esportiva nacional durante o Pesca e Companhia Trade Show.

”Recentemente, voltei de um evento que tinha 250 embarcações participantes, ou seja, quase 750 pescadores esportivos. É um segmento cada vez mais movimentado!”.

Campeonatos em água doce ganham força

Entre os torneios de água doce existentes, os que têm o maior número de competições são os de pesca do tucunaré, o peixe favorito do brasileiro. Em segundo estão os campeonatos focados nos robalos e em seguida os torneios focados em traíras, que estão crescendo muito nos últimos anos. Outra modalidade que tem ganhado espaço é a pesca desembarcada, em lagos que não comportam embarcações e fazem os torneios chamados de ‘pescaria de barranco’.

“A cada ano a pesca esportiva tem novos adeptos, principalmente a criançada, que estão entrando no mundo na pesca. Hoje também temos os grandes nomes da música sertaneja que gostam de pescar, então esse pessoal está trazendo muitos pescadores, então tudo isso tem fomentado e crescido muito a pesca esportiva junto com o Trade Show”, afirmou Nelson Nakamura durante sua participação na feira. 

Hoje, existem Federação Brasileira, Federações Estaduais e organizações regionais de pesca esportiva, mas com muitos torneios acontecendo de forma independente dessas entidades. São quase 70 associações de pesca em todo o Brasil, além de sete federações ligadas à pesca com isca artificial. Na pesca de praia, todos os estados têm relação com a Confederação Brasileira.

Para Pepe Mélega, também referência na pesca esportiva brasileira, estreitar a relação entre essas entidades e os eventos de pesca é o caminho para valorizar ainda mais os torneios do país, possibilitando um crescimento ainda maior a eles.

”Esse é o grande problema atualmente. Precisamos usar os grandes torneios que acontecem e criar um ranking, fazer uma classificação com o que acontece, mas ainda estamos caminhando para isso. Seria uma ótima maneira de elevar o patamar da pesca esportiva brasileira. Hoje em dia é cada um por si”, analisou Pepe Mélega.

Movimento de mudança entre as entidades

Diante desse cenário, algumas entidades ligadas ao esporte começam a se movimentar para dar mais organização à modalidade. No Paraná, já existe um circuito de pesca com a Federação do Estado. No Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, associações também já organizam circuitos de pesca esportiva.

”A coisa está começando a se moldar. As estruturas estão tomando forma, para os estados lançarem os seus campeões estaduais no circuito. Tudo começou desse jeito nos Estados Unidos e no Japão, que hoje possuem campeonatos que são referência”, observou Pepe Mélega.

”Nós ainda estamos caminhando, mas já estamos começando a caminhar muito bem, com eventos muito bons sendo realizados no país. Estamos na fase de transformação para um processo mais organizado!”, finalizou o pescador esportivo.

Sobre o Pesca & Companhia Trade Show

O Pesca & Companhia Trade Show nasceu em 2007 para atender as necessidades do segmento: um evento voltado para o mercado profissional de pesca em que fabricantes, importadores, operadores de turismo pudessem negociar frente-a-frente com o mercado varejista.

É a maior feira de equipamentos e turismo de pesca, camping, tiro esportivo, cutelaria, da América Latina. Participam do evento expositores, fabricantes e importadores oficiais das principais marcas mundiais do segmento.

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