Você na Pesca & Companhia: pescaria de tucunaré azul em Anaurilândia (MS)

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Me chamo Ricardo e vou contar sobre uma pescaria que fiz com dois amigos em Anaurilândia (MS), na represa de Sérgio Motta, na pousada Zé Tacca.

A previsão é de que seria uma pescaria de dois dias com o guia Daniel nos levando pela região. Chegamos bem cedo no local e ajeitamos nossas coisas no chalé. Tomamos café, arrumamos as tralhas e fomos pra água. 

No primeiro dia de pesca estava com um pouco de vento, então fomos bater em um ponto mais abrigado. Ficamos por lá a manhã toda e tivemos poucas ações. Em um momento, só saiu um tucunaré amarelo pequeno na superfície.

Voltamos para pousada e almoçamos por lá, pois íamos pescar de tarde nas ilhas que ficam no meio da represa. Fomos em vários pontos nas ilhas, mas não tivemos nenhuma ação. O guia resolveu ir em outro local e no primeiro arremesso peguei um pequeno peixe amarelo na superfície. Foi só o tempo de pegar ele, pois estava vindo uma chuva forte. 

No segundo e último dia, acordamos cedo e tomamos café. O céu amanheceu limpo e sem vento. Estávamos otimistas pra voltar nas ilhas! No entanto, de manhã nada de ação, nenhum peixe sequer.

Almoçamos em um ponto de apoio na ilha, descansamos um pouco e voltamos pra represa. Até umas 15 horas, não tivemos nenhuma ação. Com o dia quase terminando e já bem desanimados, o guia resolveu voltar ao ponto que peguei o amarelo no dia anterior. Era o último ponto que iríamos naquele dia, era tudo ou nada!

Peguei uma isca de superfície na cor cinza com a barriga branca, a mesma que peguei o amarelo. Depois de alguns arremessos, vejo a água se movimentar atrás da isca. Meus amigos cobriram com meia água, mas ele não bateu de novo.

Já era umas 17h, sem nenhuma ação mais acontecendo e eu já quase desistindo de pescar, Então, arremessei bem longe na frente de uns tocos de árvores submersos. Foi a isca cair na água e dar umas 3 zaradas que veio o primeiro estouro, que jogou a isca pra cima…que pancada! Quando a isca caiu de volta na água, veio a segunda explosão: parecia que alguém tinha caído na água. Logo em seguida ao salto, percebi que era um tucunaré azul muito bravo e forte.

Com o freio da carretilha travado (para ele não ir pro pau) e vara envergada no limite, consegui  segurar ele pra não ir pro enrosco. O guia puxou o barco pra um canto mais limpo, mas o peixe resolveu ir pro fundo nas algas, até que senti a linha batendo em uma pauleira no fundo. Não forcei muito para não estourar a linha e ele deu o segundo salto. A linha estava por baixo de um tronco, não sei como ela não cortou, mas com jeito e muita sorte, ele saiu do enrosco e brigou perto do barco em um lugar mais limpo.

Ele deu mais uns três saltos: dava pra ver a isca bem no cantinho da boca dele, o que fez surgir o medo dele escapar. Sem forçar muito e mantendo a calma, ele se entregou. Foi o tempo do guia passar o passaguá nele. Que alívio essa hora! E que alegria de todos no barco! Que peixe lindo, muito bravo e de formato e coloração única. Medimos ele e deu 54cm. Tiramos as fotos e depois o deixamos na água para se recuperar.

Foto: Arquivo pessoal

Quando senti que ele estava bem pra voltar pro seu habitat, o soltei… e ele foi  tranquilamente para sua casa,  o lugar que ele sempre deve voltar! E nós resolvemos voltar também para as nossas casas e encerramos a pescaria.

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