Na última quinta-feira (12), a sede do Comando de Policiamento Ambiental foi palco da celebração dos 75 anos da Polícia Militar Ambiental. Este setor da corporação, o mais antigo na fiscalização ambiental, tem como principal missão a preservação do meio ambiente no estado de São Paulo.
A Polícia Ambiental conta com cinco batalhões que realizam patrulhamento terrestre e marítimo em todo o território paulista. Entre janeiro e novembro deste ano, foram registradas intensificações significativas em diversas áreas de atuação, como o aumento de ações em unidades de conservação, apreensões de armas e fiscalizações de pesca ilegal. Durante o período, a unidade recebeu 48 mil denúncias e aplicou multas no valor de R$ 166 milhões.
Comparando com o mesmo período de 2023, as intervenções em áreas de proteção ambiental saltaram de 1,9 mil para 4,7 mil, representando um aumento de 148%. As apreensões de armas de fogo ilegais também cresceram, de 308 no ano passado para 353 este ano, o que corresponde a um aumento de 15%.
As ações voltadas contra a pesca ilegal registraram alta de 83%, subindo de 7,1 mil para 13 mil ocorrências. No mês de novembro, as operações foram intensificadas para proteger a fauna aquática durante a piracema — período de migração dos peixes para reprodução. Durante essa fase, várias modalidades de pesca permanecem proibidas até o final de fevereiro.
Além disso, a Polícia Ambiental resgatou mais de 10 mil animais silvestres e realizou a fiscalização de 570 comércios e transportes de madeira ilegal, além de 2,2 mil criadores de passeriformes. Foram apreendidos 4,1 mil palmitos in natura, 124 caminhões ou máquinas agrícolas e 34 balões. No total, 12,7 mil autos de infração foram emitidos.
Copom Ambiental
Uma novidade deste ano foi a criação de uma central exclusiva para gerenciar ocorrências ambientais. Operando no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) em São Paulo, o Copom Ambiental atende 24 horas por dia a região metropolitana e a capital. Nos dois primeiros meses de funcionamento, foram registrados 1,7 mil chamados relacionados a resgates de animais, comércio ilegal de espécies silvestres, maus-tratos, desmatamento, corte de árvores e orientações sobre incêndios.
Em maio, os policiais ambientais participaram de uma missão humanitária no Rio Grande do Sul. A equipe, composta por 46 agentes, 12 viaturas, nove embarcações e dois caminhões de logística, prestou apoio nas buscas e resgates de vítimas dos temporais que atingiram o estado.
Reconhecimentos e compromissos
Os resultados e números alcançados foram destacados em um evento realizado na zona norte da capital paulista, que contou com a presença de autoridades, incluindo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. Ele enfatizou o trabalho da Polícia Ambiental no enfrentamento ao crime organizado, destacando ações de inteligência que resultam em asfixia financeira das organizações criminosas e na captura de suas lideranças.
Durante a cerimônia, Derrite foi agraciado com a medalha do cinquentenário do Policiamento Florestal e de Mananciais, entregue pelo comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas. Além dele, cerca de 40 personalidades civis e militares receberam homenagens por suas contribuições ao policiamento ambiental.
O evento também marcou a assinatura de uma carta de serviços, na qual a PM Ambiental reafirmou seu compromisso com a população paulista, disponibilizando informações e serviços relacionados à unidade. Atualmente, o Comando de Policiamento Ambiental é liderado pelo coronel Leandro Carlos Navarro.