A espécie possui uma legião de fãs por ser boa de briga e fácil de ser encontrada em pesqueiros
Por Alexandre Olo
A tilápia pode ser considerada uma das espécies presentes nos pesqueiros que mais atrai pescadores. Dos mais novos aos mais experimentes. Por isso, fica mais fácil o desenvolvimento de novas técnicas.
A seguir apresentamos as que trouxeram ótimos resultados. Dentre elas, vamos destacar algumas mais usadas:
1-Vara de mão com massa:
Devemos nos preocupar coma visualização. E assim acertar a fisgada. Podemos empregar ponteiras inteligentes e sinalizadores que acoplados à linha denunciam a ação do peixe. Bolinhas de EVA ou miçangas são muito usadas para essa finalidade.
Receitas caseiras e ponto certo da massa também são alguns dos segredos que costumam ser guardados a sete chaves.
Um detalhe certeiro é captar o momento exato em que o peixe está carregando a isca na boca. Pois muitas vezes essa ação se torna quase que imperceptíveis. Isso se dá de tão manhosas que as tilápias estão. Principalmente nas épocas mais frias do ano.
2- Miçanga na boia de arremesso:
Consiste em uma montagem utilizando boia torpedo ou torpedinho com chicote que pode variar de 50 cm até mais ou menos um metro de linha de monofilamento. Use i anzol do tipo wide gap de tamanho que acomode uma miçanga em sua curvatura, sem que ela escape.
Ainda hoje essa técnica pode funcionar muito bem quando cevamos o local com ração e arremessamos logo em seguida. Ou logo nas primeiras horas do dia, quando os peixes começam a se movimentar em busca de alimento e abocanham o que vão encontrando pelo caminho.
3- Ração na pinga:
Foi uma solução encontrada para conseguir iscar a própria ração. Dar um pouco mais de realismo e camuflar melhor o anzol. Isto dificulta a percepção e aumenta novamente as fisgadas.
Podemos utilizar tanto com chicotes curtos ou longos e também quando as ações estão acontecendo na superfície com o auxílio de flutuadores feito em EVA, geralmente na cor da ração (marrom escuro).
Detalhe: para esse sistema o ideal é usar anzois de modelos pequenos e de espessura mais fina do tipo tinu ou chinu, pois são mais leves e ficam mais discretos ao serem iscados na ração, além de propiciarem que ela fique na flor da água pelo menos até que a mesma fique encharcada e comece a afundar.
4- Fly com imitação de ração:
Essa é com certeza uma das técnicas mais eficazes e produtivas de todas quando as ações estão ocorrendo na superfície. Consiste em utilizar como isca imitações da própria ração. Estas podem ser feitas artesanalmente ou até mesmo compradas em lojas. Isto alia à sutileza do equipamento de fly que quando manuseado corretamente pelo pescador.
Apresenta a mesma de maneira discreta, sem o alarde causado por uma boia de arremesso. Isto aumenta consideravelmente as chances de sucesso.
O número de capturas em dia em que os peixes estão ativos pode ser considerado gigantesco se a técnica for bem empregada e a isca bem confeccionada e estiver bem balanceada, ou seja, deve ficar bem retinha quando estiver flutuando na flor da água.
O tippet pode ser montado da seguinte maneira: 50 cm de monofilamento 0.45mm, 50cm de 0.35 mm e 70cm de espessura 0.25mm.
5- Ultralight:
Geralmente empregamos quando o objetivo maior é a pesca de fundo com massa e até mesmo isca viva. A fisgada também não deve ser muito vigorosa. Em compensação a sensibilidade e a esportividade são os pontos fortes dessa técnica.
A utilização de linha mais fina também é um grande aliado do pescador. Uma vez que fica bem mais discreta e chama menos atenção debaixo d’água aumentando as chances de fisgadas.
Na hipótese da pesca de arremesso podemos utilizar um sistema usando uma mini cevadeira. Então, empregue um pequeno chicote de monofilamento de um metro de linha 0.30 mm e uma mini anteninha. Ou, então, quando as tilápias estão muito ariscas, use ração flutuante iscada em anzol modelo tinu nº 4 ou 5. Além de ser muito esportivo, o sistema é extremamente produtivo.