Saiba como lidar com uma das iscas mais promissoras para a pesca dos redondos em rios de águas rápidas
Por Juninho
Gosto de fazer a pescaria de pacus com caranguejo. O pacu tem um extenso e variado cardápio. Já capturei a espécie com dezenas de iscas diferentes, mas como nunca temos todas disponíveis levo as que considero especiais.
Acredite, não existe um coringa, pois elas dependem de fatores como a temperatura e a cor da água, além da época do ano e dos outros habitantes da área, como os peixes menores ladrões de iscas. Sempre tenho uma vara com caranguejo, que pode ser inteiro ou em pedaços.
Alguns pescadores o prendem com pinça, eu prefiro usá-lo como ceva, jogando na água ou misturando as bolotas. Venho obtendo bons resultados usando a metade do animal. No preparo corto as pernas com auxílio de uma tesoura e removo a capa protetora da barriga.
Depois faço o corte ao meio em duas partes, prendendo o anzol no orifício da perna com a saída da ponta na barriga e retiro a carapaça.
A outra forma é iscar inteiro. Coloco dois anzóis encastoados no meio (barriga) do caranguejo, de preferência pequeno. Envolvo a mão com um pano, aperto escondendo os anzóis e uso linha elástica para fixá-lo e dar forma simétrica. Também uso inteiro e sem elástico.
Com uma agulha artesanal fica mais fácil. Uso arame de aço inox número 24 de 10 a 15 cm, que será útil em diversas operações de iscagem. Com a ajuda dessa agulha, o encastoado passa por dentro.
Prefiro caranguejos fêmeas, pois têm mais massa e são mais macias, diferente dos machos que têm enormes pinças, menos massa e corpo muito duro, difícil de iscar e fisgar o peixe.