Os mínimos detalhes que você deve levar em conta para não ter problemas
Por Lielson Tiozzo, Alex Koike e Juninho
O tubo de vara de pesca pode ser o responsável pela primeira frustração de qualquer pescaria. Porque se ele for de má qualidade, ou até mesmo se o manejo for incorreto, não vai oferecer a resistência e os suportes necessários para um transporte seguro. Aí, ao chegar no lugar desejado e colocar as mãos nos equipamentos, o dono se dá conta que algum danificou, ou quebrou o passador, ou a ponta ficou torta…
Por isso, não deixe de prestar atenção neste elemento obrigatório na tralha de qualquer pescador que se preze.
Tamanho compatível!
Uma das primeiras preocupações que o pescador deve ter ao escolher o tubo é se ele tem o comprimento compatível com o das varas que serão transportadas. A recomendação é que ele tenha poucos centímetros a mais e, obviamente, nunca a menos.
Por exemplo, para carregar varas de 1,80 m (ou seis pés), o tubo deve ter até 1,85 m no máximo. Se ele for muito maior, os equipamentos ficarão soltos e irão se movimentar, proporcionando muitos riscos de avarias.
Uma solução para este problema é optar por modelos com tamanhos ajustáveis, os telescópicos. Assim o pescador pode configura-lo conforme a necessidade e tem também à disposição um equipamento versátil.
No caso de transportar varas bipartidas, fica a critério individual. Existem algumas opções: certifique se elas não cabem dentro de um outro compartimento, como mala de viagem. Outra opção é escolher um tubo menor (ou algum ajustável), que também fique compatível ao tamanho que elas ficam quando “desmontadas”, ou aqueles semelhantes aos usados para varas de fly.
Capacidade de carga
Faça uma conta rápida de quantas varas costuma levar nas viagens. Quanto mais varas, mais largo o tubo deve ser – ou seja, deve possuir bom diâmetro. Lembre-se que aqui também vale o critério da compatibilidade. Se possuir um equipamento para até seis volumes, por exemplo, a quantidade inserida deve ser próxima disso. Caso contrário, os materiais ficarão muito soltos e poderão sofrer estragos.
Alguns modelos são em formato de bazuca telescópica, o que, além de oferecerem boa capacidade, também possuem fácil manuseio. Alguns são munidos de “rodinhas” as quais facilitam a locomoção em diversos tipos de solo.
Material de produção
Este é um tópico que conta muito. Muitos tubos são feitos apenas com parte do tubo de PVC usado na construção civil revestido com algum tecido mais espesso. Estes modelos são os mais econômicos, porém, nem sempre são os mais resistentes.
Ao serem manuseados com diversos outros materiais em aeroportos ou rodoviárias, ou até mesmo no contato com alguma estrutura veicular, acabam se deteriorando e muitas vezes quebrando. O tecido pode ser rasgado com facilidade. Lembre-se que o material de PVC é apropriado para a passagem de líquidos e não foram desenvolvidos para impactos constantes.
Por isso, ainda que mais caros, uma excelente alternativa é pelos tubos feitos em plástico de polietileno de alto impacto. Este material torna o tubo um pouco mais pesado, mas a resistência é compensadora, por ser mais rígido e mais espesso.
Mais cuidados
Independente do modelo, vale o pescador ser precavido e atencioso. Se não houver divisórias no material escolhido, deixe as varas amarradas umas às outras (pode ser com o uso de junta vara), para fazer um bloco mais firme. Se for transportar dez varas, por exemplo, deixe cinco de cabeça para baixo, e as demais de cabeça para cima, de modo intercalado. Assim irá evitar que se prendam e forcem os passadores.
Outro detalhe: é importante passar uma fita nas extremidades, sobretudo se o modelo for de PVC. Involuntariamente, o pescador acaba passando o tubo pelo chão em possíveis superfícies ásperas e com pontos cortantes. Isso acaba danificando o material.
Quando usar cadeado, passe fita colante de modo que fique imóvel, para evitar que ele esbarre e fique preso em alguma coisa. Caso aconteça a quebra de um zíper, o pescador terá grandes problemas. Fica a sugestão de levar uma fita na tralha para sempre que for fazer o transporte assegurar que o cadeado não fique solto.
Uma situação comum é a mistura de vara de molinete com a de carretilha. Os passadores da indicada para molinete são mais largos, o que possibilita que uma se prenda à outra de maneira arriscada. Sendo assim, o pescador deve prestar atenção no momento de organiza-las, para evitar que isso aconteça, de modo que um passador permaneça afastado ou fora de posição de encaixe com qualquer material.
Diferenciais são bem vindos
Tubos com acolchoados e proteção nas extremidades são os melhores, uma vez que garantirão boa estabilidade no transporte e dispensarão improvisos. Os que possuem formato de estojo e as esponjas onduladas na parte interna oferecem ajuste diferenciado e “individualizado” para a vara.
Para quem fará o transporte de varas na parte interna dos veículos ou quer acomodar as varas num armário, por exemplo, existem modelos macios feitos apenas em tecido. Eles são bons por oferecerem o mínimo de chance de danificar o estofado de um veículo ou riscar as paredes da casa. Mas lembre-se: estes podem ser considerados nestas ocasiões, mas são dispensáveis para viagens aéreas ou rodoviárias.
Um ponto primordial é que o tubo ofereça a possibilidade de ser lacrado e não possibilite o acesso ao material de pessoas estranhas, ainda que a única opção seja o emprego de cadeado comum.