Recurso que sempre vira assunto nas mesas de discussão sobre futebol já existe na pescaria há bastante tempo…
Por Lielson Tiozzo
O vídeo de arbitragem, o VAR (Video Assistant Referee, em inglês), entrou no mundo do futebol em 2016. Desde então passou a ser assunto em rodas de discussão sobre futebol. Em resumo, o emprego da tecnologia pretende evitar injustiças. Mesmo sem ter este nome, este recurso já existia na pescaria. Mas tudo para evitar que alguém levantasse dúvidas sobre uma captura fantástica. Ou mesmo para avaliar algum equívoco pessoal, como o arremesso mal feito e o exato momento em que o peixe escapou.
Já é comum em torneios de pesca a organização exigir a apresentação de imagens filmadas. Nelas devem constar a aferição do peixe e a comprovação da soltura. Se tudo estiver dentro das regras, ponto (gol)! O próprio aparelho celular ou uma câmera convencional podem fazer o vídeo. Mas, quem puder investir, uma maneira eficaz de recorrer ao VAR na pescaria é por meio de uma câmera de ação. Elas foram desenvolvidas para isso.
Existem diversas opções de câmera de ação. Uma rápida pesquisa na internet vai permitir encontrar o modelo que mais agrade e o que cabe no bolso.
Sendo assim, o recurso imagético para análise, na verdade, surgiu na pescaria antes do próprio VAR no futebol. Basta analisar os programas de pesca, cada vez mais dedicados a capturar os detalhes e não deixar dúvidas aos espectadores. Às vezes o “árbitro” que pode pedir uma “investigação” é o colega chato e invejoso. Mas nada melhor do que comprovar a façanha para estes tipos…
“Comecei a empregar as câmeras de ação quando intensifiquei minhas pescarias em caiaque. Vendo alguns vídeos na internet [feitos com câmeras de ação], me chamou a atenção o dinamismo e a praticidade do equipamento”, conta Juninho.“A primeira vez que eu usei uma câmera de ação fixada em um bastão caseiro, consegui ótimas imagens do peixe atacando. Isso me deixou surpreso e muito animado”.
O editor especial Pepe Mélega, que usa as câmeras de ação há muitos anos, destaca, como vantagem, sua leveza. “A câmera digital convencional tem o problema de ser grande e pesada. Mesmo as mais compactas não servem para algumas coisas que a gente gostaria de fazer. Já as câmeras de ação são mais leves e anatômicas”, afirma.
Celular, câmera de ação ou mesmo uma convencional. Existem muitos recursos para assegurar a imagem e não deixar dúvidas. O VAR também pode ser consultado na pescaria. E, talvez, nem precise fazer o gesto indicando uma tela para os demais pescadores…