Cada equipamento tem sua função e o pescador deve se lembrar do princípio da especificidade
Não é verdade que sempre a carretilha mais rápida será a melhor em qualquer situação. O pescador pode aderir este conceito, mas comete um equívoco. Cada aparelho tem sua função. O pescador deve sempre levar em conta este detalhe: o princípio da especificidade.
O que, afinal, é uma carretilha rápida? É aquela que oferece uma relação de recolhimento elevada. Existem modelos hoje no mercado que tem 9.0:1, 10.1:1 e entre outros. E o que significam estes números? O primeiro é a quantidade de voltas do carretel. O segundo tem a ver com a fração de uma volta do carretel. Já o terceiro é a quantidade de voltas dada pela manivela.
A carretilha mais rápida é melhor empregada quando ao usar uma isca de superfície, por exemplo, o pescador precisa de agilidade para recolher o excesso de linha. Assim, quem vai em busca de tucunões da Amazônia acaba escolhendo modelos com estas características. Porque naquela região o grande lance está em atrair o peixe com uma isca de hélice. Faz todo sentido. Outra vantagem é no pesqueiro, com o uso de boias. Muitas vezes o pescador precisa de rapidez para se livrar da linha frouxa e conseguir a tensão ideal para a melhor fisgada.
No entanto, a mais veloz acaba perdendo a força de tração. Ao final, acaba não correspondendo a sua performance para trabalhar iscas artificiais que apenas precisam ser recolhidas na meia água. O que acaba sendo uma desvantagem mesmo para brigar com peixes grandes. Porque se ele correr, quem vai brecá-lo é todo o conjunto, e não apenas o freio da carretilha. Depende da vara, da linha e da habilidade do pescador. E também não faz sentido empregar uma carretilha rápida na maioria das situações com o uso de iscas vivas.
Em geral, especialistas consideram carretilhas rápidas aquelas que apresentam taxa de recolhimento acima de 7.1:1.