A espécie é boa de briga e pode “quebrar tudo” o que não for compatível com o seu porte
Por Alexandre Olo
Para essa pescar a pirarara em pesqueiro, o ideal é usar uma tralha média/pesada. Ou seja, devemos montar conjuntos compostos por varas de 6’ a 6´6” para linhas de até 30 lb, 45 lb ou 60 lb para carretilhas ou molinetes que comportem pelo menos de 100 a 150 metros de linha de náilon 0.50 a 0.70 mm.
Quando o pescador optar pelo uso carretilha, as mais indicadas são as de perfil alto (redondo), por serem dotadas de grande poder de tração, o que pode ser considerado indispensável na hora em que ocorre a briga com o peixe. As pirararas têm muita força e exigem performance do equipamento, principalmente nas primeiras corridas.
Neste caso, sou a favor do uso de linhas de monofilamento que é bem mais resistente à abrasão, portanto muito eficaz se levarmos em consideração que, de um modo geral, na maior parte do tempo, a briga com esse tipo de espécie se dá no fundo.
Então é possível ou quase certo o contato da linha com enroscos, pedras, galhos ou paus que podem rompê-la facilmente quando estiver extremamente tensionada.
Na hora da fisgada
Como as pirararas têm o costume de acomodar a isca na boca antes de engolir, devemos deixar que ela carregue um pouco a linha antes de executar uma vigorosa fisgada.
Com relação ao tipo de anzol, prefiro utilizar aqueles de modelo circular (circle hook) em tamanho não muito grande, que além de ficar mais camuflado na isca, corremos um risco menor de ferir o peixe, caso nos depararmos com um filhote.
Se o pescador não se adaptar bem com esse tipo de anzol ou não dispor deles em sua tralha, o modelo wide gap (robalo) nº 3/0 ou 4/0 pode servir.