Veja as sugestões de equipamentos para você capturar os peixes de couro da região
Por Pepe Mélega
O Araguaia tem peixes de couro fascinantes como a piraíba, a pirarara, a cachara e a bargada, o que dificulta a escolha dos equipamentos para a região.
Primeiro temos que ter um foco. Geralmente, as viagens para o Araguaia são motivadas pela captura das grandes piraíbas.
Depois da “Rainha do Araguaia”, a segunda na escala de preferência dos pescadores é a pirarara, outro peixe bruto que também requer uma tralha diferenciada.
Até dá para usar a mesma tralha para ambos os peixes, mas não é o ideal.
Mas além desses dois gigante, ainda há o surubins-chicote (bargada) e a cachara.
Pensando em tirar melhor proveito, nosso editor fez uma seleção de quais materiais levar para uma pescaria no local.
No rastro do gigante
Piraíba no Araguaia é diferente. Não o peixe, mas sim o jeito de pescar.
A região tem uma grande população de botos, que aprenderam que o barco é sinal de comida. Então, ele acompanha a embarcação, acha as iscas e as levas.
Esse é o principal motivo de se pescar com muita linha. O normal é soltar até três linhas por barco, em distâncias diferentes, uma uns 300, a segunda 200 e a última 100 m.
Em algumas situações, até mais 500, 300 e 200 m são liberados, ou seja, a carretilha e ou molinete precisa ter uma grande capacidade de armazenamento de linha.
É nesse momento que entram os grandes molinetes ou carretilhas usadas em pescarias diversas no mar. Há quem chegue a pescar com mais de 1000 m de linha.
Além da necessidade de soltar linha, que normalmente é algo em torno de 0,90 mm, a piraíba também carrega muita linha em suas corridas.
O pescador precisar ter pelo menos uns 100 m de linha a mais que a quantidade liberada para segurar a primeira descarregada de carretel. Mas, o ideal é ter 150 m ou mais.
Por isso as famosas Penn International são um consenso. Geralmente elas fazem conjunto com varas do tipo musky ou trolling de 6’ a 7′ para linhas de 80 a 120 lb de resistência.
Para finalizar, o anzol 10/0 a 12/0 é encastoado com 50 cm de cabo de aço.
Pirarara
É possível capturar a espécie na mesma situação em que se pesca a piraíba – no meio do leito, na parte mais movimentada da água e profunda, o que não é o normal, mas acontece.
Logo, a maioria julga que a mesma tralha serve. Ela pode até servir, porém ela é mais reforçada que o necessário para a pirarara.
O ideal é usar uma carretilha ou molinete com capacidade de até 200 m de linha 0,80 mm. Este equipamento deve ser montado em varas de 6′ a 6’6” para linhas de 50 a 80 lb.
O conjunto vai fazer um grande esforço porque a espécie briga sujo. Elas são normalmente encontradas em poços onde há estruturas, como tranqueiras.
Uma opção interessante é usar um caniço de 80 lb, que pode ser um meio termo para a piraíba e o extremo alto para pirarara.
Use alguma carretilha com capacidade de linha de 300 m da linha de náilon escolhida.
Bargada e cachara
Escolha uma vara do tipo musky de 20 ou 25 lb de 6’ a 6’6” para conseguir uma boa alavanca e em condições de uma briga sem prejudicar demais os peixes.
A carretilha deve comportar de 150 a 180 m de linha multi de 30 ou 40 lb.
A captura da espécie é feita com isca natural – pequenos peixe ou pedaços, presos em anzois de tamanho 5/0 a 8/0 encastoados com aço flexível.