Em algumas situações o pescador precisa ter calma e paciência para conquistar o troféu
Por Alex Koike
A maioria dos peixes busca a proteção das estruturas depois de ser fisgada. Nesse momento, é preciso impedir que o predador, evitando que ele entre no obstáculo ou raspe e quebre a linha em algum lugar.
Porém, em algumas situações, trabalhar com um equipamento mais reforçado e freio bem apertado pode levar a perda do troféu.
Trabalhar o peixe com freio ajustado de forma mais branda, deixando o animal mais à vontade para tomar linha pode ser uma técnica valiosa.
Ela é muito empregada quando enfrentamos peixes com a boca mole – como as carpas e as piaparas – ou utilizamos um anzol pequeno, de arame mais fino ou linha de menor libragem.
É importante o pescador ficar atento à pressão imposta ao peixe, caso contrário a linha pode se romper, o anzol abrir ou rasgar a boca do peixe.
É importante que a manutenção do seu molinete ou carretilha esteja impecável, que o freio esteja em perfeito funcionamento, liberando a linha sem trancos.
Você pode usar uma variação dessa técnica para os peixes que buscam a estrutura. Mas, não logo no começo da briga.
Nesse instante, o pescador precisa agir rápido e com contundência para afastar o peixe da estrutura. Alivie a briga quando tiver a certeza de que você está brigando com o peixe em uma área limpa.
Já o pescador Lester Scalon usa uma tática curiosa para o tucunaré-açu. Quando a espécie corre de maneira desenfreada para a estrutura, ele destrava a carretilha e controla o carretel com o polegar.
Segundo o pescador, quando o animal sente pouca resistência, tende a ficar mais calmo. Aproveitando dessa situação, ele começar a recuperar linha de forma suave.
E os peixes que pulam?
A hora do salto é crítica, pois muitos peixes escapam nesse instante e manter um freio mais brando pode ajudar.
Isso acontece porque o peixe se sente mais confortável, tomando linha a hora que quiser e mantém a briga no fundo e assim evitamos o pulo.
Para peixes de maior porte, como os tarpons, essa técnica também é válida. Afrouxe a linha, para tornar menor a pressão no ponto onde o anzol está preso.
Essa atitude evita que o peixe quebre a linha, caso caia em cima dela muito tensionada.