O que você deve levar em consideração na hora de escolher o equipamento correto na busca pelo “rei do rio”
Por Pepe Mélega
Qual a tralha para pescar dourado ? Essa parece uma pergunta fácil de responder, não é? Conforme vamos nos aprofundando sobre o tema, as variáveis que precisam der levadas em consideração na hora de separar o equipamento.
Pensando nisso elaboramos esse guia. Ele vai te ajudar a eleger o equipamento ideal para a sua aventura com os dourados.
Primeiro
É sempre importante lembrar que esse magnífico peixe é um predador rápido e resistente. Atinge grande porte, podendo alcançar 130cm de comprimento e pesar 30kg. Ele tem a boca muito dura, o que dificulta a penetração do anzol quando fisgado. Para piorar, o dourado salta muito para fora da água, se contorcendo todo.
Possui uma mandíbula poderosa e dentição acentuada que permite cortar com facilidade sua presas mesmo as de tamanho mais avantajadas.
Com essas informações já deu para notar que existem alguns cuidados a serem tomados na hora de preparar a tralha. Um deles é muito importante: um pequeno líder de metal, que pode ser um pedaço de aço flexível ou não. Hoje existem variações desse material no mercado, inclusive de titânio, que protege a linha da poderosa dentição do espécime.
A linha?
Já a linha principal, a preferência recai para as de multifilamentos. Elas são muito resistentes e possui um diâmetro inferior ao monofilamentos de mesma resistência. Na prática isso garantes arremessos mais longo e ajuda a atingir profundidades maiores, especialmente quando praticamos o corrico. Vale lembrar que impede a escolha de um monofilamento de náilon ou até do floucarbono. Mas acredite, o mais adequado é uma multifilamento.
Se for pescar arremessando iscas artificias junto a margem e ou estruturas (pedras e ou paus) aparentes no leito do rio opte por uma linha mais resistente algo próximo a 0,30mm de espessura. Isto equivale em alguns casos até a 50 lb de resistência no estiramento. Opte pela multi de 8 fios, que são as melhores na pesca de arremesso.
Se for pescar no fundo, corricando no leito do rio o ideal é usar mais fino, 0,20 mm (30 lb de resistência em média) dá conta e leva sua isca natural ou artificial para o fundo de maneira adequada. Procure por um marca confiável.
Carretilha ou molinete?
Ambas são ferramentas excelentes para arremessar, recolher e brigar com o dourado. A escolha depende muito do gosto pessoal.
O importante é que tenha uma boa friçção. Isso não significa que necessite de um drag alto. Mas sim um que libere linha de forma macia e constante quando necessário. Quer uma referência de capacidade de fricção? Ok, entre 6 e 10 lb (aproximadamente 3 a 5 quilos) é muito bom.
O tamanho e o peso também são pontos importante. Escolha um que porporcione maior conforto para pescar durante o dia inteiro.
Na modalidade arremessos, o material deve contar com pelos menos 120 metros de capacidade da linha escolhida. Para a pesca de corrico ou de fundo o desejável e ter capacidade de 200 metros no mínimo. Isso equivale a carretilhas de tamanho 2 ou 3 e molinetes 3 a 4 existentes no mercado.
Para finalizar fique atento a velocidade de seu equipamento. Os modelos de velocidade alta ficam em segundo plano, pois seriam indicadas para o uso de iscas de superfície ou com iscas de barbela menor em pontos de pouca corrente.
Como o caso citado acima é o menos usual, o mais recomendável é usar um modelo de velocidade média ou lenta, para trabalhar iscas de barbelas no meio da correnteza.
Iscas artificias
Depende da escolha do local onde se vai pescar. No entanto, a regra em geral é de iscas com tamanho entre 9 a 15 cm de comprimento com ação de superfície. Opte por zara, popper e stick, de sub superfície como a twitch bait, de meia água barbelas no geral e os jigs e soft baits com head jig para o fundo.
Uma boa dica é usar artificiais menores de barbela, providas de garateias extremamente afiadas e resistentes.
Se a ideia for pescar com iscas naturais é importante escolher um bom anzol. Há muito desenhos e modelos atualmente. Um bastante comum é do tipo O’shaughnessi de 7/0 a 9/0 com ou sem farpa na haste, pois ele tem uma haste mais longa e é forte.
Outra boa alternativa é o Maruseigo 30 para os menores e 40 para os maiores. Há também os tipos circle hook ou in line circle de 7/0 a 10/0, sendo que um segredo para usar esse modelo é não dar a fisgada.
Quando o peixe atacar, apenas vá abaixando a ponta de vara e quando ela chegar perto da água apenas comece a girar a manivela da carretilha ou levante a ponta de vara, sem trancos. Este anzol tem um formato especial que evita que o peixe engula a isca e se prenda em praticamente 100% das vezes no canivete da boca.
Varas de pesca
Aqui a recomendação é por uma vara reforçada, mas que seja cômoda para arremessaro dia inteiro.
Apesar de pouco usada, uma vara de tamanho 6’6” (1,98m) é muito interessante porque garante longos lançamentos e fisgadas efetivas. Ainda para a pesca de pincho a libragem pode ser de até 20 lb ou 25 lb.
Para corricar ou pescar no fundo a preferência é para 25 lb ou até 30 lb.
Uma vara de 6’6” para linhas de 25 lb e casting de até 1 1/2 oz (42,5 g) pode ser um bom coringa. O ideal é ter duas a de pincho mais rápida e a de fundo, corrico mais moderada.
Acessórios
Leve snaps ou as presilhas para efetuar troca rápida da isca artificial, procure por uma marca confiável e com no mínimo com resistência de 60 lb.
Carregue também um alicate de contenção para poder manipular o peixe dentro d’água para retirar o anzol ou garatéia e para poder fazer a foto antes de soltar. Para retirar o anzol, use alicate de bico longo.
Uma recomendação ao embarcar é que não o faça só com o alicate de contenção na vertical, uso a outra mão para apoiar o peixe pela barriga. Faça as fotos rápido e pratique o pesque solte.