Material não tem preço acessível e não deve ser empregado em qualquer situação
O pescador deve ter muita cautela ao querer empregar linha de fluorcarbono como a “principal” em sua pescaria.
O material pode custar de quatro a cinco vezes mais que a convencional, de náilon, e, a princípio, pode oferecer muitas vantagens, sobretudo por refletir a água e por isso ficar invisível quando submersa.
Isto é verdade! Mas não deve ser em qualquer pescaria que devemos emprega-la.
A linha de fluorcarbono foi desenvolvida para a pesca de atum. A espécie oceânica enxerga muito bem e costuma ignorar as iscas quando desconfia. Mas, aos poucos, a linha foi disseminada e hoje é fácil encontrar pescadores em busca de traíras e tucunarés – espécies bem populares – com este material.
Então: quando devemos usar a linha de fluorcarbono como principal?
Segundo o editor chefe da Pesca & Companhia, Alex Koike, o ideal é ter uma carretilha ou molinete com abastecimento completo de fluorcabono para pescarias com iscas artificiais de fundo, como softs e jigs. É indicado para técnicas mais refinadas que almejam, por exemplo, o black bass, com o finesse.
Uma pescaria de fundo de robalos, traíras e tucunarés, com iscas softs, por exemplo, também podem ser feitas com linha de fluorcarbono sem nenhum problema.
A fluorcabono tem um peso maior e “afunda de maneira mais vertical”. Além disso, ajuda na sensibilidade, embora tenha desvantagem na fisgada com muita linha na água, devido a sua elasticidade.
O material também funciona muito bem como líder na pesca com iscas artificiais – quando atado à linha principal de multifilamento ou de monofilamento. Ou ainda como chicote em pesqueiros, com o emprego de boias.