A história das iscas softs

Você sabia que este tipo de isca artificial existe há muitas décadas e que demorou para cativar os brasileiros?

Apesar de as iscas softs terem se  tornando mais  populares nos últimos anos aqui no Brasil. Nos Estados Unidos esse cenário é bem diferente. 

Relatos dizem que na década de 1940 essas iscas iniciaram uma grande mudança no mercado de pesca norte-americano.

Em um pequeno porão de Akron, em Ohio, Nick e Cosma Creme prepararam uma mistura composta por vinil, óleos e pigmentos. O objetivo era produzir algo que tivesse a aparência de uma minhoca. Mas esse experimento ia além da aparência, era macio e dentro da água aparentava estar vivo. 

Em 1949, após testes e aprimoramentos, nasceria oficialmente a fábrica Creme Lures, sendo sua primeira isca a Wiggle Worm. Essa versão era vendida a U$ 1,00 o um pacote com cinco unidades. 

Quando o produto foi apresentado em uma feira de pesca de Cleveland, a marca vendeu 9.600 pacotes em apenas alguns dias.

A  demanda logo  cresceu, o negócio depressa  saiu do porão para uma pequena fábrica. A produção aumentou, mas eles ainda tinham problemas para suprir toda a demanda. 

No final dos anos 50, a fama da minhoca plástica começou a se espalhar entre os pescadores dos EUA, especialmente na região sul. Isto coincidiu com a construção de diversos reservatórios.

Além disso, com a popularidade em alta, a empresa foi ganhando atenção nacional, quando surgiu a necessidade de mudar novamente. Desta vez, era para o centro da pesca de bass daquela época, a cidade de Tyler, no Texas.

Naquela altura, a Creme começou a trabalhar junto com pescadores de bass, o que trouxe muitas inovações aos seus produtos e novas técnicas.

Vale ressaltar: a marca foi uma das primeiras fabricantes de isca a utilizar pescadores especialistas em todo o país para desenvolver e apresentar suas softs.

As iscas artificiais do tipo soft possuem uma longa história de desenvolvimento

Grande evolução

Hoje as softs estão entre as artificiais mais populares dos EUA. Por causa de sua versatilidade e eficiência para uma grande variedade de peixes de água doce e água salgada. Atraindo até mesmo espécies que não são comumente capturadas com as iscas convencionais, além do preço acessível.

Elas continuam sendo produzidas a partir de plástico em estado  líquido. Este é moldado em formas, numa vasta gama de tamanhos e cores. Sendo assim, o resultado é um material flexível, daí o termo plástico macio, que na água apresenta incrível realismo nos movimentos. 

No começo dos anos 80, muitas empresas começaram a adicionar essências, apelando para o olfato do peixe. Em seguida, vieram as iscas injetadas com sal, que fazem com que o peixe permaneça com a isca na boca por mais tempo. 

Junto, vieram outras formas de acabamento para imitar a cor e o reflexo das escamas, usando folhas metálicas ou de papel holográfico dentro do corpo. Outro detalhe que aumentou o realismo da artificial é o olho, porque contribui para criar a ilusão de um animal vivo. Some a tudo isso o aperfeiçoamento dos formatos que ajudam na ação natural da soft.