Barragem do Gregório, em Corumbá (MS), é classificada com potencial de ando entre médio e alto pela ANM
Um eventual rompimento da Barragem do Gregório, em Corumbá (MS), traria danos irreversíveis ao Pantanal. A barragem controlada pela Vale é classificada com potencial de dano “entre médio e alto” pela Agência Nacional de Mineração (ANM).
“Muitos danos seriam irreversíveis, principalmente, aos recursos hídricos da região”, comenta o diretor-presidente do Imasul, Ricardo Eboli Gonçalves Ferreira, em entrevista ao site Campo Grande News.
No entanto, ele lembra que Gregório ofereceria menos riscos à cidade de Corumbá, já que está a 40 km. “A distância é mais segura”.
O Governo do estado está em alerta, sobretudo depois do que se deu em Brumadinho (MG). Gregório, no entanto, tem capacidade de 8,9 milhões de metros cúbicos. Este volume é 29,9% menor do que o da barragem de Brumadinho.
A Defesa Civil de Corumbá, afirma, que desde 2015, monitora e mapeia as famílias que vivem ao redor das barragens. Na área do Gregório, em 2018, a população chegou a participar de uma simulação para possíveis evacuações em caso de acidentes.
Mato Grosso do Sul tem 10 barragens em atividade e todas ficam em Corumbá, na região dos morros Urucum e Santa Cruz, a cerca de 20 km do centro da cidade. Dentre elas, apenas duas podem ser efetivamente classificadas como barragens de mineração. As outras oito são consideradas bacias de decantação de rejeitos da mineração.