Pesquisa feita na Califórnia (EUA) serve para monitorar a movimentação dos cardumes gigantescos atuns-rabilhos
Atuns capturados há pelo menos três anos foram novamente pescados na Califórnia (EUA) durante uma pesquisa. O resultado animou a comunidade científica responsável pelo monitoramento dos cardumes por meio de TAGs.
De acordo com a Sport Fishing, em meados de setembro, o presidente da AFTCO, Bill Shedd, e uma equipe da Coastal Conservation Association da Califórnia auxiliaram a especialista em marcação de atuns, Barbara Block. Ela é professora da Universidade de Stanford (EUA).
O atum-rabilho, encontrado no Pacífico, com mais de 150 kg esteve praticamente ausente na Califórnia entre os anos 1940 e 2015.
Block e sua equipe começaram a marcar o grande atum em 2016, depois de “taguear” peixes de dois a quatro anos de 2002 até o presente. Seu principal foco agora é determinar quando e onde estes peixes desovam nas águas do Japão e de Taiwan.
“Nos últimos três anos, temos rotulado o atum-azul-do-Pacífico na Califórnia e, até hoje, esses peixes grandes retornaram com idade estimada em oito anos”, comenta Block.
Segundo a pesquisadora, quando um atum chega aos sete ou oito anos, (aproximadamente 200 a 300 lb),, ele provavelmente viaja de volta ao Pacífico ocidental para desovar principalmente nas águas à leste de Taiwan ou fora do Japão.
Embora a atual pesca de atum-rabilho da Califórnia pareça “a melhor em quase 100 anos” – devido às condições da água e à abundância de espécies de presas como anchovas e caranguejos vermelhos – a biomassa total da população da espécie está em péssimas condições.
A principal razão citada: Japão, Coréia e outros países no lado ocidental do Pacífico capturam muitos peixes pequenos.