Pressão do próprio segmento do turismo teria feito governador esfriar o assunto
Por Lielson Tiozzo
A cota zero em Mato Grosso do Sul ganhou ares de novela. Depois de ser proposta pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em meados de janeiro, o assunto esfriou nos últimos dias. A promessa era de que nesta semana, por meio de decreto, a medida fosse publicada. No entanto, a pressão vem de parte dos empresários do turismo – os quais fizeram pelo menos dois protestos pacíficos. O setor da pesca profissional não teria nenhuma alteração em sua cota.
Se ainda houver alguma novidade, a Pesca & Companhia apurou o seguinte. Para 2019, existe possibilidade da cota de pescados para amadores ser reduzida de 10 para 5 kg, mais cinco exemplares de piranha. A medida já seria implementada a partir da liberação da pesca, com o fim da piracema, no final de fevereiro.
Esta decisão serviria para acalmar os ânimos de diversos empreendimentos turísticos instalados no estado. Houve certo rechaço à decisão já sacramentada de proibir a pesca do dourado. O projeto se arrastou durante dois anos e chegou a ser engavetado.
Se houvesse um endurecimento, os empresários contrários à cota zero alegam que teriam prejuízos. Muitos turistas vão para Mato Grosso do Sul em busca de levar o peixe para casa. Segundo levantamento do Imasul, em 2016, das 378 toneladas de pescado abatidas nos rios locais, 49,47 % foram de amadores.
Ao longo deste ano devem acontecer encontros para discutir o tema. Mas a tendência para 2020 é que não seria “tão zero assim”. Isto porque o curimba, que há 20 anos foi protegido, estaria liberado. Cada pescador licenciado teria uma cota de consumo de apenas um exemplar e no local da pescaria. Agora é aguardar os próximos capítulos!