Quantas iscas artificiais você tem?

Tem pescador que nunca parou para contar. Mas muitos sabem pelo menos quais são as favoritas. Foi isso que perguntamos aos nossos staffs. E você, quantas tem?

Quantas iscas artificiais você tem? Fizemos alguns de nossos staffs contarem ou, ao menos, darem um número aproximado de seus respectivos “arsenais”.

Perguntamos sobre histórias e quando, afinal, começaram a pescar com as artificiais. Esperamos que as respostas possam servir de motivação para os novatos e para os experientes, de identificação.

Juninho – 1.500 iscas

Sempre que pego uma nova isca várias análises são feitas: vejo a cor, sua forma, o trabalho em que poderei usá-la.

Com isso tenho hoje aproximadamente 1.500 iscas; soma essa de quase duas décadas.

A minha história com as artificiais começou de modo catastrófico, pois na época a informação era escassa e tive que aprender com muitos erros.

Assim, quase desisti, chegando a pegar uma certa antipatia. Mas com as capturas, a princípio tímidas e sofridas, começou a aparecer a confiança.

Uma isca pela qual tenho um carinho é a Z90 da Deconto, que figurou na minha primeira capa, mas tenho outras que trazem boas recordações.

É difícil eleger qual ou quais as melhores, pois não existem regras ou padrões. Existe sim bons arremessos, trabalhos diferenciados achando a maneira melhor de captura.

Sem nenhuma dúvida, pescar com iscas artificiais é sinônimo de limpeza, praticidade e produtividade.

Juninho possui um vasto arsenal de isca, mas tem preferência especial pela Z 90

Alexandre Dick – 500 iscas

Sou um viciado em artificiais, daqueles que poderia ter frequentado as reuniões dos “iscólatras anônimos”.

Essa paixão começou por volta dos 8 anos de idade, quando capturei o meu primeiro tucunaré com iscas artificiais, uma juanita da Borboleta, com barriga prata e lombo preto.

A partir de então, nunca mais pesquei tucunarés de outro modo, e sempre que podia estava no lago com meu pai em busca dos bocudos.

O vício ganhou força por volta dos meus 18 anos, quando passei a ler muito sobre pesca e me aprofundar mais na nobre arte.

Acabei adquirindo muitas iscas, chegando a ter em certo tempo cerca de 700 artificiais. Quando visitava uma loja, sempre trazia alguma isca nova para casa, mais pela beleza do que por qualquer outra coisa. A velha máxima de que a isca deve primeiro agradar aos olhos do pescador com certeza é verdadeira.

Depois de um certo tempo, percebi que era um transtorno levar todas iscas, pois ocupavam muito espaço, e quase sempre usava as mesmas 15, 20 “matadeiras”.

Passei a adotar algumas iscas favoritas, com algumas oscilações de cores, e assim diminuí a tralha para levar na pescaria.

Hoje, tenho em torno de 500 artificiais, sendo que
350 dessas são as utilizadas para tucunarés de até 5 kg e para os dourados, e o restante são iscas usadas exclusivamente para a pesca dos gigantes amazônicos.

Muitos pescadores possuem o mesmo tipo de isca mas em todas as cores possíveis

Roberto Veras – 5 mil iscas

Só os plugs beiram os cinco mil e teria ainda que contar os jigs, os grubs, shads e camarões, as lulas artificiais de corrico oceânico, as colheres, spinners, spinnerbaits e por aí a fora.

Este assunto me remeteu a maio de 1974, quando fiz minha primeira pescaria com iscas artificiais.

Naquela época, não havia internet, assim como não conhecia nenhum amigo adepto dessa prática, ou mesmo que conhecesse essa técnica.

Meus parcos conhecimentos vinham da leitura de artigos de revistas importadas e meus primeiros plugs foram fruto de encomendas feitas a meu irmão, que na ocasião viajava bastante para fora do Brasil.

O palco dessa experiência inesquecível foi a cidade goiana de Aruanã, às margens do majestoso Rio Araguaia. À época era a Semana Santa e meu alvo principal, sua majestade, o tucunaré, e minha isca, uma Abu HI-LO.

Por obra do destino, meu primeiro peixe capturado não foi um tucunaré, mas sim um acrobático aruanã. Os tucunarés poucos e pequenos vieram somente nos dias seguintes.

A partir daí meu interesse por esses engodos plásticos nunca mais deixou de crescer, passei a estudar ainda mais sobre o tema e iniciei minha interminável coleção, que espero aumentar
sempre.

Fábio Tatsukawa – 400 iscas

Tenho um carinho enorme com as minhas iscas artificiais, sendo que cada uma delas me traz boas recordações.

Sempre é bom lembrar que devemos tomar certos cuidados ao manusear uma artificial. Se possível, não embarcar o peixe segurando pela boca. Use um passaguá ou um alicate apropriado. Use sempre um alicate para retirar a artificial.

Antes do arremesso, verifique se o parceiro está numa distância segura, para evitar sérios acidentes; e o resto é só alegria.

Não costumo contar as minhas artificiais, mas pelos meus cálculos devo ter cerca de 400 iscas. O suficiente para o meu estilo de pesca.

Sempre testo os lançamentos do mercado, mas só aquelas que se destacam acabo guardando.

Todo pescador de bass deve pôr em prática o uso de todos os tipos de hard lure.

Mas, confesso que sou apaixonado por big baits e cranks, que para mim são as artificiais de grande potencial para engatar um grande bass.

Morando no Japão, Tatsukawa precisa economizar espaço em casa e por isso tem uma seleção bem específica