As espécies possuem certa peculiaridade e precisam ter alguns cuidados especiais
Por Saulo Nazion
Embarcar os peixes pode não ser tarefa fácil. Pois muitos são os fatores que colocam em risco a integridade física do peixe e a nossa.
Para embarcar o robalão, opto por colocar a mão diretamente na boca do peixe. Com auxílio de uma luva (evitando ferimentos nos dedos). Ao segurá-lo com firmeza, pulo na água de preferência. Isto quando a profundidade ou proximidade com a margem permite. Num local mais fundo e distante da margem, opto por colocar o alicate de contenção em sua boca. Isto apenas para garantir que não escape.
Na hora de embarcar, apoio uma das mãos em sua barriga. Para que a força exercida ao levantar o peixe não se concentre apenas na boca.
Durante as fotos, evito colocar o grande robalo na vertical. Sempre o mantenho na horizontal, evitando danos aos órgãos internos, conforme recomenda a organização americana Snook Fundation, por meio de estudos realizados com e espécie.
Atualmente opto por medir os robalões com a trena. Carrego comigo uma bolsa de pesagem, que me garante pesar o peixe de forma segura. E antes de coloca-lo, tenho o cuidado de molhar a bolsa, para que assim evite remover o muco do peixe.
Caso a foto seja no barco e junto ao corpo, o ideal é molhar a calça e a camisa. Evitando, assim, remover o muco do animal.
No baby-tarpon utilizo a luva em apenas uma das mãos, e a mantenho na boca do peixe, e a outra mão, sem a luva, será responsável por apoia-lo pela barriga na hora de fotografar.
Já com o grande tarpon, faço uso das duas luvas, como também do bicheiro, perfurando-o pela boca, de dentro para fora, buscando a parte menos irrigada.
E o bicheiro?
Mas, só faço uso de bicheiro, em virtude da ausência de histórico de ataques de tubarões na costa paraibana. Se houvesse, não usaria o bicheiro, conforme recomendação de alguns guias americanos. Pois mesmo pequeno, o ferimento pode atrair tubarões.
Com as duas espécies evito longas sessões de fotos, faço no máximo quatro ou cinco. Tendo em vista, que o manuseio correto e a qualidade da soltura são fatores primordiais para que o pesque e solte tenha êxito completo.