Reconhecimento se deu devido a diversas evidências e principalmente por um “defeito” no opérculo do peixe
Por Lielson Tiozzo
Um mesmo tucunaré acabou pescado pela segunda vez, sete meses depois da primeira captura. A façanha se deu no Lago de Itaipu, no Paraná, no final de maio.
De acordo com o engenheiro de pesca e autor da fisgada, Gustavo Hillesheim, diversos elementos confirmam que se trata do mesmo peixe. O que mais chamou a atenção foi o fato do exemplar de tucunaré ter uma deficiência em seu opérculo.
Um amigo de Hillesheim havia capturado um tucunaré com este “detalhe” em outubro de 2018. Fez uma fotografia e divulgou para os parceiros.
Outro amigo de Hillesheim, o também engenheiro de pesca Ricardo Sanches, lembrou da foto e sugeriu que fosse feita a comparação. Não deu outra: era o mesmo peixe! (Veja os detalhes na foto abaixo)
“Com base em nossos conhecimentos de anatomia, fisiologia reprodutiva e morfologia de organismos aquáticos chegamos à conclusão de que a probabilidade de não ser o mesmo peixe é mínima”, conta, à Pesca & Companhia, Hillesheim
“Um caso muito interessante para a gente pensar sobre o pesque e solte, não?”.
Confira, na íntegra, o relato do pescador:
Você é pescador esportivo? Olha que interessante!
Em outubro do ano passado o pescador João Henrique Pagliari, em uma pescaria com Ricardo Sanches, capturou um peixe que pelo fato de possuir um defeito bastante visível em seu opérculo, foi fotografado neste ângulo que vocês estão vendo na primeira foto.
No final de maio de 2019, em uma pescaria com o Ricardo Sanches. Realizei a captura do peixe que está aparecendo na segunda foto. Após embarcar o peixe, reparei o defeito no opérculo e fiquei surpreso com tamanha a saúde do animal, mesmo contendo essa anomalia. Em seguida o Ricardo me falou a seguinte frase: Cara, ano passado o Pato pegou um peixe muito parecido com esse, acredito que seja o mesmo, temos que conferir as fotos para avaliar as semelhanças.
Chegamos em casa e conferimos as duas fotos, embora a coloração mudou um pouco, fenômeno normal em tucunarés, existiram muitas semelhanças, o que nos convence quase que com certeza que de fato é o mesmo peixe. Além disso, outro fator interessante é que o peixe foi capturado exatamente no mesmo lugar, mesmo após 7 meses e com grande variação do nível do lago.
Um caso muito interessante para a gente pensar sobre o pesque e solte, não?
Obs. A falha no opérculo, número de faixas (6, atípico) e as primeiras raias da nadadeira dorsal quebradas foram as semelhanças mais convincentes!