Modalidade é praticada e legalizada em várias regiões dos EUA e atrai milhares de praticantes, especialmente mulheres
Por Lielson Tiozzo
Você já pensou em trocar a vara e a isca pela própria mão? E ainda capturar um bagre que pode chegar a 40 kg? E que ao fazer esta troca será o seu braço e a sua musculatura a responsável por erguê-lo? Isto existe e esta técnica se chama noodling. Nos Estados Unidos ela é permitida em alguns estados e costuma render bons resultados no Verão.
Para dar certo, o noodling costuma ser praticado em locais mais rasos. É durante o Verão no Hemisfério Norte que os bagres se reproduzem. Os casais cavam buracos em locais que não costumam ultrapassar os dois metros de profundidade. São nestas estruturas que as ovas são depositadas pelas fêmeas. Os machos ficam na retaguarda.
O praticante do noodling deve saber reconhecer os pontos. Então, de preferência, com a proteção de uma luva, a mão deve ser introduzida no “ninho”. Alguém deve estar por perto para alguma emergência. O “noodler” deve aguardar o ataque, que geralmente se dá porque o bagre trata aquela mão como um ser invasor. Aí, a briga é na “mão” mesmo.
O noodling surgiu nos anos 1980. A técnica pode ser empregada em pelo menos 15 estados dos EUA, sendo que no Texas e na Virgínia Ocidental já possui uma legislação própria. No começo dos anos 2000 surgiram algumas competições, em especial em Oklahoma.
Pela internet, é possível verificar a adesão de muitas mulheres ao esporte. De modo geral, a técnica segue o roteiro comum da pesca convencional: passa de pai para filho. Uma praticante assídua do noodling é Hanna Barrow, de 23 anos. Em sua conta no Instagram e também no YouTube, ela mostra suas aventuras em busca de grandes bagrões, sobretudo com seu pai. Ela também é caçadora, pescadora subaquática e pescadora de black bass.
Prática perigosa
Os estados que proibiram o noodling tomaram a decisão em função dos riscos. Ao introduzir a mão no buraco, o pescador pode se deparar com uma cobra venenosa ou até mesmo com algum jacaré. Acidentes já aconteceram. Além disso, se o noodler estiver sozinho, corre o risco de afogamento. Os bagres são fortes e pesados, e podem se locomover rapidamente para locais profundos.
Confira uma aventura da “noodler” Hanna Barrow: