Abordamos os diferentes tipos, quais as suas diferenças, dicas de uso e muito mais
Por Alex Koike
Isca soft: se você já utiliza em suas pescaria, a cada dia você vai usar ainda mais. Se você não usou, certamente vai experimentar. Como um curinga, essas artificiais são extremamente versáteis, podem ser trabalhadas em quase todas as profundidades, em inúmeras situações diferentes.0 Algumas, inclusive, em que nenhuma outra artificial consegue ser trabalhada, como no meio dos enroscos.
A seguir enumeramos 10 modelos deste tipo de isca para que você possa conhece-los e saber quando emprega-los.
Minhocas artificiais
É a mais comum entre as softs. São iscas clássicas na pesca do black bass. Aqui no Brasil, podem ser usadas para outros peixes, como a traíra, o tucunaré e até os robalos.
Você encontra minhocas de diversos tamanhos e variados formatos de cauda, como curly, straight, paddle tail, double e outras variações.
É importante ressaltar que as iscas mais finas e retas conseguem passar com maior facilidade pelas estruturas, além de ter uma maior mobilidade. Já as mais volumosas precisam de toques mais vigorosos para realizar o mesmo trabalho; em compensação podem ser mais atraentes quando a água estiver suja.
Senko, stickbaits e jerkbaits
As senkos e as stickbaits poderiam estar dentro da categoria minhocas, por causa de seu formato. Já as jerkbaits costumam ter o formato de um peixe forrageiro.
Simples de ser usada, basta colocar o anzol nela e sair arremessando. O trabalho mais atraente é o de deixar a soft afundar lentamente. Caso a isca não sofra nenhum ataque, levante a vara verticalmente e espere a isca tocar o fundo de novo. Este trabalho é mortal para o bass.
Uma boa dica é a de sempre manter uma vara montada com esta isca. Ela funciona como o jig de pelo na pesca do tucunaré. Se o peixe seguir sem atacar, lance a senko em cima. O resultado muitas vezes é uma bela fisgada.
Outro trabalho interessante é a de toques contínuos, fazendo a isca descrever um ziguezague. Ambos trabalhos imitam um peixe ferido.
Grubs
Apresentam o corpo de uma minhoca plástica mais curta, volumosa, com cauda simples e curva. Apesar do formato, dentro da água lembra um pequeno peixe. Há modelos com caudas duplas (double tail ou twin tail) que aumentam a vibração. Elas podem ser usadas sozinhas ou como trailer para rubber jigs, spinnerbaits, aumentando o volume da isca e o seu movimento.
Shads e shad tails
São artificiais com o formato de um peixinho dotado de um rabo achatado e em um ângulo de 90 graus em relação ao corpo. Quando a isca é recolhida, simula o nado de uma presa com perfeição.
Podem ser usadas com anzol simples, anzol com peso na haste, ou cabeças de jig e rubber jigs.
Trabalhar a isca com recolhimento continuo é uma forma muito interessante para cobrir grandes áreas com uma isca de apelo bastante natural.
Salamandras
São iscas artificiais que simulam o anfíbio. Nos Estados Unidos, pode se dizer que é um animal inimigo do black bass, uma vez que se alimenta das ovas do bass. Por esse motivo é mais usado na época da desova.
Aqui no Brasil, apesar de não existir na natureza, funciona muito bem na pesca de traíras. Apesar de sua eficiência, vem perdendo popularidade entre os pescadores.
Tubes
É considerada uma excelente isca para o black bass, especialmente quando o peixe está manhoso.
Este tubo oco com tentáculo, quando em ação na água tem um perfil que imita pequenos peixes e também os lagostins.
Para tirar o melhor proveito dessa isca é recomendável usar uma cabeça de jig especial para o tube, que a faz ter uma ação irregular.
Criaturas
São artificiais que misturam as características de diversos tipos de softs, como corpo volumoso de grubs, patas de crawfish, antenas e pernas, tudo em uma só isca. Normalmente, são iscas que causam bastante vibração e são ideais para provocar ataques por reação.
Por essa razão, são usadas com muito sucesso na modalidade conhecida como flipping e pitching.
O corpo volumoso e os inúmeros apêndices a tornam muito eficiente para pescaria em águas mais sujas, porque a vibração e o deslocamento de água ajudam o predador a localizar a isca.
Sapos
Essas softs foram adaptadas com muito sucesso na pesca das traíras, por trabalharem bem sobre a vegetação sem se enroscar.
Possuem corpo grande, achatado e, geralmente, com duas pernas longas. Além do trabalho sobre a estrutura, a isca pode ser trabalhada com recolhimento para que suas pernas façam barulho e deixem um rastro de bolhas, atraindo o predador.
Como são iscas maiores e volumosas, o mais indicado são anzóis grandes e o uso de linhas de multifilamento para uma fisgada eficiente.
Trailers
Essas soft foram desenhadas especificamente para rubber jigs e spinnerbaits. São ideais para aumentar o volume da isca e deixar os movimentos mais naturais.
No caso dos spinnerbait, ajudam a trabalhar a isca mais rente ao fundo, funcionando muito bem no inverno.
Crawfishes e camarões
O primeiro imita uma das comidas preferidas do black bass, que é o lagostim. O grande diferencial dessa isca são as duas patas largas, que vibram bastante durante a caída da soft.
Já as imitações plásticas do segundo crustáceo fazem muito sucesso hoje em dia na pesca dos robalos. Podem ser usadas com anzol simples ou cabeça de jig, tanto nas galhadas como em locais mais profundos.
Apesar do grande sucesso com os robalos, elas acabam atraindo outras espécies, como as caranhas, badejos, pescadas, xaréus e outras.