Região é uma das mais visitadas do Brasil e o pescador deve fazer as melhores escolhas para aproveitar
Por Pepe Mélega
O equipamento de pesca empregado no Pantanal deve ser bem escolhido. Isto porque a região tem uma vasta oferta de peixes e você deve ficar atento aos modelos que pretende usar.
Se você só quer saber de dourados, tanto com iscas naturais como artificiais, leve um conjunto formado por uma vara mais longa, de 6’6″ a 7´ para linhas de até 20 ou 25 lb, molinete ou carretilha abastecida com linha de multifilamento entre 0,20 mm e 0,25 mm, que, por serem finas, mas muito resistentes, ajudam a conseguir arremessos longos.
Não esqueça de um empate em aço flexível entre 20 e 30 cm. Aqui vai uma recomendação: abandone aquele clássico anzol de arame grosso e farpas na haste. Procure um modelo Maruseigo tamanho entre 25 e 30, que é muito mais eficiente na hora de fisgar.
Importante, também, é o conjunto dos pintados, que vai ser adequado ao bagres no geral, inclusive os jaús de menor porte. Ele é composto por uma vara de 6´, do tipo muskie, que é mais parruda, deve ser indicado para linhas de até 30 lb ou 40 lb. Aqui, o ideal é utilizar a carretilha (com capacidade para 170 m de linha 0,40 mm) , mas nada impede o uso de um bom molinete, de tamanho médio a grande, com linha de multifilamento mais resistente 0,30 a 0,35 mm.
No caso do anzol, opte por um Maruseigo de tamanho 30, que pode parecer um material pouco resistente, mas é um conjunto forte e seguro. Vale ressaltar que esse, por ser leve, é fácil de manusear e tem boa capacidade de linha. Isso é possível porque linhas multifilamento são muito resistentes e com baixo diâmetro, o que permite a carretéis menores uma boa quantidade de linha, neste caso, cerca de 150 m de linha bem forte .
Outras opções
Se você curte a pescaria de pacus, utilize a vara mais longa, a mesma usada para dourados, sem problemas. Apenas substitua o anzol por um modelo de haste curta. Recomendo o modelo Octupus Circle 5/0, com empate de aço. Use sem receio; o anzol não precisa ser grande, apenas acomodar bem na boca pequena do pacu.
Uma pescaria que você não pode deixar de experimentar é a com vara de bambu na batida. Nesse caso, experimente monofilamento de náilon, por causa da elasticidade proporcionada por esse tipo de linha. Ela vai funcionar a seu favor durante a briga para embarcar. O anzol é o mesmo e o empate de aço continua sendo importante. Lembre-se que o pacu possui dentes potentes.
Já a pesca do piauaçu, que, diga-se de passagem, eu aprecio muito, exige que se leve um equipamento mais leve, porém longo. No caso, indico um caniço de 6’ 4” para linhas de 14 lb. Calma, pode parecer pouco, mas não é; é, sim, adequado à pesca que você vai fazer.
Para formar o conjunto, escolha um molinete com capacidade de 120 m de linha 0,25 mm. Ele deve receber linha de multifilamento, sendo a mais fina que encontrar (entre 0,15 ou 0,18 mm). Um detalhe importantíssimo é usar um líder longo, de pelo menos um metro de fluorcarbono – para ficar o mais invisível possível. Não exagere no peso; o segredo é ter sensibilidade e não deixar que o peixe fique desconfiado. São detalhes como esse que fazem a diferença entre o fracasso e o sucesso.
Leve tudo isso a sério, se deseja peixes fisgados durante sua estada. Esse material descrito é excelente para piauçu, piraputanga, piracanjuba, pacu- prata, entre outras espécies de porte menor que encontramos em águas pantaneiras. Ele também é ideal para pescar com iscas artificiais, como pequenos plugs de meia- água, spinners ou colheres pequenas.