Da natural à artificial, o que mudou nas iscas para pesqueiros

Assim como em todos os segmentos da pesca, houve uma evolução na oferta de variedades para os amantes dos pesqueiros

Por Alexandre Olo

Se relembrarmos como era há 10 ou 15 anos, iríamos perceber que as iscas utilizadas nas pescarias, mesmo em pesqueiros, eram as mesmas que ainda hoje utilizamos em ambiente natural (rios e lagoas). Minhocas, larvas, milho e massinha à base de farinha de trigo eram indispensáveis na hora de montar a tralha. Até que empregaram as opções artificiais, que, além de proporcionarem excelentes resultados, se mostravam mais fáceis de manusear.

Com base na observação da alimentação dos peixes de pesqueiro, que é feita com ração, diferente do ambiente natural, foi criada a boia cevadeira, que no início era usada com um chicote curto e miçanga de diferentes cores ou coquinho furado no anzol , proporcionando muitas fisgadas.

Hoje em dia essa mesma boia ainda é a preferida de uma grande maioria, só que na ponta da linha, em vez de uma simples miçanga, foi criado um pequeno utensílio muito eficiente, o qual se transformou na sensação do momento e que faz jus ao tema desta matéria: a “anteninha”.

Mas por quê?

A resposta é bem simples: porque é uma isca artificial que atrai quase todas as espécies encontradas nos tanques ou lagos e que se alimentam na flor da água (superfície ) . O que vai fazer a diferença nas capturas é a preferência de cada espécie pela cor, tamanho, formato ou local do arremesso.

Ideia que deu certo

Baseando-se no fato de que, quando a ceva se espalhava pela superfície da água, os peixes investiam mais vezes nos aglomerados de grãos de ração que se juntavam do que nas unidades que ficavam soltas à deriva, surgiu então o desenvolvimento de uma isca que imitasse tal situação.

Portanto, a “anteninha, ou cachinho de uva”, nada mais é que uma simulação artificial dos grãos aglomerados feita de material plástico, eva ou cortiça.

Hoje podemos encontrar no mercado “anteninhas” de várias marcas e modelos, com várias cores. No entanto, se o pescador se interessar e quiser tentar fazer a sua própria “anteninha” em casa de maneira artesanal, o material é muito simples e os resultados são bem satisfatórios.

As anteninhas podem ser consideradas uma evolução por frequentadores de pesqueiros