O emprego de cada uma delas é certeiro; saiba como aproveitá-las
Por Alexandre Olo
Não há uma técnica definida para a pesca dos tambas em pesqueiros. Mas devemos mencionar que há preferência por três estilos, cada um com ótimas chances de captura e isso costuma variar de acordo com o tempo e a temperatura da água. Então vamos a eles:
-Boia de arremesso
É muito usada, principalmente quando o peixe está um pouco manhoso e não sobe muito na superfície para se alimentar. Tem a vantagem de que o pescador pode tentar descobrir a altura em que o peixe está comendo, variando a altura do chicote que geralmente vai de meio metro até quatro metros ou mais, dependendo da profundidade do lago.
A dica nesse tipo de pesca é não usar anzóis muito grandes, para não chamar muita atenção, ficando o mais discreto possível. No caso de estar ventando forte, não esquecer de ancorar a boia utilizando um chumbinho pequeno solto na linha principal. Ele faz com que ela fique estática no local do arremesso, não atrapalhando outros pescadores, e deixa a isca por mais tempo imóvel no mesmo lugar.
Fundo
Funciona melhor quando os peixes estão muito manhosos, em especial em dias frios, quando a temperatura da água está muito baixa e eles não sobem para se alimentar. Isso se dá muito nos meses de outono e inverno e às vezes até no inicio da primavera.
Na pesca de fundo, não podemos nos esquecer de utilizar um encastoado feito de cabo de aço de pelo menos 30 lb, pois, se a montagem do chicote depois do chumbo for feita só com linha, a possibilidade de que a linha seja cortada é muito grande. Os redondos conseguem, às vezes, cortar até mesmo os cabos de aço mais finos, pois têm a dentição muito forte e afiada.
Dica: Na montagem de fundo, os anzóis do tipo wide gap (robalo) costumam ser excelentes opções e geralmente fisgam no canivete (canto da boca), dificultando assim que o peixe escape ou corte a linha.
Ceva de superfície
Essa certamente é mais difundida pelos pescadores e principalmente utilizada nos dias em que o peixe está muito ativo e subindo para se alimentar na flor d’água. É um estilo mais moderno de pescaria e faz com que os pescadores, até mesmo os mais experientes, ainda fiquem maravilhados com as batidas espetaculares na superfície dos grandes tambas.
O uso da cevadeira é praticamente indispensável nesse estilo, porém há quem prefira usar uma técnica diferente, que consiste em cevar o local do arremesso com rações flutuantes (do tipo guabi) em grande quantidade, até que os peixes comecem a subir e a se alimentar, causando uma espécie de frenesi. Daí é só arremessar a boia , direcionar a isca a ser usada no mesmo local em que os peixes estão batendo e esperar o ataque.
Dica: com o uso de um copo feito com garrafa pet, cheio de furos no fundo para que a água entre e a ração se espalhe, faça um, dois ou três arremessos no mesmo local. Daí é só usar uma boia do tipo foguetinho, preparada com chicote, boia sinalizadora e miçanga, e arremessar onde os peixes estiverem “batendo”, o que também funciona muito bem e dá excelente resultado.
O segredo do sucesso nessa técnica é ir mudando a isca (coquinhos, miçangas, guabi na pinga, bolinhas doces de futebol, etc. ) até encontrar aquela que for mais atrativa para os peixes. Depois é só insistir, que a fisgada é uma questão de tempo.