Modelo de isca artificial se destaca pela versatilidade e por poder atrair diversos predadores
Por Alex Koike
Há muitas maneiras de pescar com as iscas softs e elas podem ser usadas durante todo o ano, em águas rasas ou águas profundas e em qualquer lugar, como pontos abertos, em torno da estrutura ou dentro dela. O pescador ainda pode usá-la na pescaria de arremesso e até no corrico.
A maneira mais comum aqui no Brasil é com a cabeça de jig, uma das mais simples. Com esta peça, a soft alcança rapidamente a profundidade desejada, que geralmente está entre as inatingíveis por iscas convencionais, normalmente à média e à grande profundidade.
Essa montagem possibilita que a isca tenha uma boa ação durante a caída e na hora dos toques e do recolhimento. Ela pode ser trabalhada de diversas maneiras e em qualquer profundidade. A mais simples é o recolhimento contínuo, intercalada ou não de toques.
Outra possibilidade é a de lançar a isca em alguma estrutura ou algum ponto descoberto pela sonda. Deixe a isca atingir o fundo e a partir daí trabalhe-a próxima a ele, esperando sempre que ela o alcance para dar o próximo toque, ou ir recolhendo devagar com pequenos movimentos para a isca vir num movimento diagonal errático.
Desse modo você poderá descobrir a profundidade em que os peixes se encontram, o que é muito importante, porque dará condições para detectar o comportamento dos predadores e facilitar a prospecção nos outros pontos.
Não se pode esquecer que quanto mais leve for o jig head, melhor vai ser a apresentação da isca e consequentemente trará melhores resultados.
Além das cabeças de jigs, elas podem ser usadas como trailer de rubber jig, spinnerbait e até de colheres e spinners. A adição da soft neste caso, além de um nado mais natural, proporcionará uma silhueta mais realista.
Outra forma muito interessante de usar essas artificiais é com a ponta do anzol escondida dentro do corpo da isca. Isso permite pescar não só em volta da estrutura, mas dentro dela, lugares em que as outras iscas não costumam ser trabalhadas.
Um exemplo muito divertido dessa pescaria é quando pescamos traíras no meio da vegetação aquática. Basta lançar uma soft com o anzol escondido no corpo da artificial e trabalhá-la por cima da estrutura. Quando o peixe atacar, a mordida vai comprimir o corpo da isca, expondo a ponta do anzol para a fisgada.