Cientistas fazem levantamento genético do lago escocês e sugerem possibilidade de se tratar de uma enguia gigante
Por Lielson Tiozzo
Pesquisadores da Universidade de Otago, da Nova Zelândia, sugerem que o Monstro do Lago Ness possa ser uma enguia gigante. O anúncio se deu depois de um ano de pesquisas e a coleta de amostras de DNA no lago do norte da Escócia. Os cientistas querem descobrir, afinal, se a lenda que rendeu livros e filmes possui embasamento.
De acordo com o professor Neil Gemmell, se realmente existir, o monstro não é um réptil ou algo semelhante a um dinossauro. Este seria o formato do animal que povoa o imaginário popular.
Foram recolhidas pelo menos 200 amostras em diversas profundidades do lago. Como resultado, pelo menos 500 milhões de sequências de DNA acabaram analisadas, o que permitiu o reconhecimento de todos os seres vivos do Lago Ness. Isto incluiu até mesmo plantas, insetos e mamíferos.
“Nossos dados não revelam o tamanho do Monstro, mas com a grande quantidade de material que encontramos não podemos descartar a existência de enguias gigantes”, explica Gemmell. “Sendo assim, podemos suspeitar que o Monstro seja um destes exemplares”, conclui.
As enguias estão presentes em diversas regiões do mundo, desde lagos a até mesmo o Oceano. Algumas espécies podem dar choques que ultrapassam 40 miliAmperes, o suficiente para matar um animal de bom porte.
Nessie, como é chamado o Monstro, teria sido visto no Ano 565 DC. Quem teria relatado a sua existência foi um missioneiro irlandês, São Columba, o qual o havia descrito como um animal de “pescoço comprido e com protuberâncias que se sobressaiam da água. Seria este o fim de um mistério da humanidade?