Como fazer uma produtiva pescaria de tucunarés com jigs

Isca artificial de fundo é muito indicada para ter sucesso na captura da espécie

Por Braguinha

Os jigs são muito produtivos na pescaria de tucunarés. Por isso, considere sempre leva-los sem sua tralha. Existem algumas situações que eles fazem a diferença.

O trabalho deve ser com toques curtos para que o jig dê pulinhos no fundo. Só um detalhe sobre o trabalho do jig, e que é este: aconselho aos amigos que fiquem com a vara na posição 11h, quando estiverem trabalhando, e que baixem a ponta até às 10h.

Em seguida, deve-se esticar a linha sem arrastar a isca do lugar, para depois arrastar uns 20 a 30 cm (para ver se o peixe não está com a isca na boca) e emendar o arrasto com o trabalho de dois ou três toques com a ponta da vara para cima bem rápido.

Levante a isca do fundo com a vara, levando a ponta até a posição 11 h. Depois, deixe o jig cair até o fundo com a linha frouxa, deixando uma leve barriga, que ajuda a ter maior sensibilidade para sentir o peixe atacar o jig. Após o pincho, e cada trabalho, a linha não pode ficar esticada e nem muito frouxa.

Depois de dois ou três trabalhos consecutivos, abaixe a vara lateralmente, do lado que for mais conveniente para facilitar o trabalho de recolhimento contínuo com a isca na meia- água e você poder fisgar com mais vigor, se o peixe atacar.

Pesos

Os jigs têm 5, 7,10 e 14 g, servindo cada um desses pesos para uma situação, detalhe que aprendi nas pescaria de bass. Os de 5 e 7 g para quando os peixes estão acima das algas. O trabalho é o de pinchar 20 a 25 m de distância, deixar tocar o fundo e, se o peixe não atacar na caída, levantar o jig à meia-água próximo das algas.

Nesse trabalho, a isca sobe e desce, com amplitude de 30 a 50 cm, sem tocar as algas. Ele também serve para os peixes que estão entre 4 e 5 m, em pontos de poucas estruturas, atacando mais lento.

O jig de 10 g é o mais versátil. Porém, é o que enrosca mais, se o pescador não ficar atento onde pinchar. Aconselho a lançar do lado mais fundo das algas e explorar o lado contrário em que começaria um pescador comum de tucunaré (do fundo para o raso), drop off e os paus solitários em 5 a 9 m de profundidade.

Quando pescamos lateralmente ou por cima de algas, se você não prestar atenção ou não tiver a experiência essa pescaria, vai enroscar. Você vai notar a mudança de peso quando tracionar a isca. Nesse caso, a vara que especifiquei no box faz a diferença. Levante-a com a linha esticada até às 10h e dê um toque vigoroso, como uma fisgada, levando-a até às 11 h. Na maioria das vezes, as algas se desprendem do anzol.

Os modelos de 14 g são bons se o tucunaré estiver caçando rápido em locais limpos de 3 a 6 m ou acima disso. Nessa pescaria, o peixe que capturamos mais fundo foi a 9 m, na hora mais quente do dia. Não aconselho a pescar tão fundo, porque existem estruturas em diversas profundidades menores que essa testada.

Em dois dias dessa pescaria no Lago do Peixe fez muito calor, chegando aos 32ºC. Isso fez os azulões sumirem do raso e migrar para uma faixa de 6 a 9 m de profundidade.

O emprego das iscas artificiais que atuam no fundo sempre pode ser positivo