Modelo de isca pode ser empregado com bastante sucesso, em especial na pesca de traíras e de tucunarés
Por Marcos Malucelli
O segredo para ser bem sucedido na pesca com o spinnerbait é entender quando e como combinar as colheres (blades), arame (wire), cabeça (head) e a saia (skirt) na proporção correta, para as situações específicas em que o predador se encontra. Para ajudar o iniciante, fiz um descritivo de cada item que vai ajudar a escolher o melhor modelo para sua pescaria.
As colheres dão o brilho e o movimento do spinner bait e diferem de acordo com seu tamanho, modelo, cor (ou acabamento) e espessura da lamina de metal utilizada em sua construção.
Existem quatro formatos básicos de blades, são eles:
Colorado – curto e com o formato de gota, é o primeiro tipo de blade que surgiu. Mais largo na extremidade posterior, tem maior inércia de giro, portanto emite uma maior vibração. Por isso o este tipo de lâmina é ideal para a utilização em águas mais turvas ou em estruturas mais fechadas, onde a maior vibração do blade ajuda o peixe a localizar a isca.
Willow Leaf – hoje é o blade mais comum. Trata-se de uma lâmina longa que lembra a folha da árvore Willow Tree (árvore característica em rios e lagos da região centro sul dos Estado Unidos). Este modelo é mais longilíneo e possui as extremidades mais pontiagudas. Tem melhor hidrodinâmica, cortando melhor a coluna de água e girando mais rápido mesmo em menores velocidades. Ela oferece menor resistência na água e produz menor vibração, sendo ideal para pesca em águas mais limpas e ou em condições onde o peixe esteja mais ativo.
Indiana Blade – apresenta um desenho misto entre o colorado e blade e o willow leaf blade. A extremidade de fixação é mais fina e a extremidade posterior de largura mediana. Produz uma vibração intermediaria, sendo ideal para pesca em águas que apresentem média visibilidade ou mesmo em águas mais limpas, mas em horários com menor incidência de luz como nas primeiras e últimas horas do dia.
Poucos pescadores sabem que, além do formato, a espessura do material de que são confeccionados os blades também influencia a performance dos spinner baits.
As confeccionadas com chapas mais grossas (como na maioria dos spinner baits americanos) são mais pesadas e apresentam maior inércia, o que produz uma maior vibração. Ela seria uma versão mais power fishing do spinner bait, ideal para pesca em técnicas como o slow rolling (recolhimento lento do spinner passando por dentro das estruturas) e ou o burning (recolhimento rápido da isca paralelamente a estruturas, como nas bordas da cana brava).
As lâminas produzidas com chapas mais finas (a maioria dos modelos japoneses) são mais leves e possuem menor inércia, criando uma vibração mais sutil e natural. Esta, seria uma versão mais finesse do spinner bait, ideal para pesca em técnicas como o free falling (parada brusca no recolhimento do spinner permitindo que a isca afunde verticalmente com os blades girando) e recolhimento contínuo a médias velocidades.