Espécie pode ser pescada no Rio Tietê, no interior de São Paulo, e com materiais bem acessíveis
Por Juninho
Você conhece o acaraí ou popularmente conhecido como porquinho? Este peixe (da espécie dos ciclídeos), que habita as represas do rio Grande e Tietê.
O porquinho tem como principais características grandes nadadeiras, com a dorsal formada com muitos espinhos (parecida com a da tilápia), de magnífica coloração (listras fluorescentes azuis e rosas/avermelhadas) e ocelo preto no centro. Vive em grandes cardumes, é onívoro e se alimenta no fundo.
A pescaria realizada com a água na altura da cintura é simples, feita somente com varinha de mão (de 2,3 m), linha monofilamento de 0,23 mm, anzóis pequenos nº 10 ou 12, minúsculas pesos e minhocas. Um apetrecho que não pode deixar de ser usado, para facilitar a pescaria, é o porta minhocas. Fizemos um bem comum, com o fundo de uma garrafa pet amarrada com linha de nylon para ser preso ao pescoço.
O maior inconveniente em se pescar dentro d´água com minhocas é quando entra água dentro do porta minhocas, com as marolas causadas pelo vento ou pelos barcos que passam. Elas ficam escorregadias e difíceis de se colocar no anzol. O jeito é ir até a margem e colocar mais um pouco de terra ou areia no pote, para poder secá-las.
Cevar ou não, divergência de opiniões
Para que os cardumes encostem, alguns ribeirinhos “tratam” a beira com: farelo de arroz, quirela e restos de comida. Certos pescadores não gostam que se jogue ceva, preferem procurar os cardumes com barcos porque alegam que o trato acaba atraindo os pacus pratas, peixes que também vivem em cardumes nestas represas.
Uma das características principais para se capturar somente os porquinhos, é pescar com a isca sempre rente ao fundo. Notei que se levantar a isca, somente alguns centímetros, os pacus atacavam. Então aumentei um pouquinho o peso do chumbo, para sentir se a realmente estava encostada no fundo.