Saiba como capturar uma das espécies mais briguentas desse habitat evitando a “surpresa”
Aproveite para pescar debaixo do camalote. Porque por ali você pode encontrar um foguete chamado piauçu. Assim que você fisgar um deles, vai logo perceber o porquê desse apelido.
Para conseguir fisgá-lo, as águas mais paradas das cheias do Pantanal, um ambiente com pouco declive, são um dos melhores pontos.
E quando a vegetação, principalmente os camalotes, quase obstrui o cursos d’água, esse é o melhor local. Para isso localize um ponto de água corrente; se for próximo a uma saída de lagoa, melhor.
Com o barco acima do ponto onde deseja colocar sua isca, ancore de modo adequado. Repare por onde a água se movimenta ou como ela empurra o camalote para a margem. Esse é o ponto em que você vai lançar sua isca. Quanto mais rente à vegetação, melhor.
Uma boa dica é utilizar pouco peso, para a isca descer mais devagar e com isso permitir que a corrente a leve para debaixo do camalote.
Ao sentir que o peso está no fundo, fique atento. Nosso alvo, o piauçu, adora se meter debaixo do camalote atrás de alimentação; quanto a isso, você acabou de facilitar sua busca. Tanto faz ser o caranguejo ou caramujo, que é justamente o que ele procura nesse ambiente, mas tome cuidado: uma linha muito grossa espanta, assim como o encastoado, quase obrigatório devido a seus dentes.
Por isso, monte sua tralha de maneira prudente, mas também de jeito que não engane sua presa.
Pode repetir várias vezes o lançamento no mesmo lugar. Muitas vezes esta espécie de peixe está em cardumes, não rejeita o oferecimento de alimentação. Então, se prepare: o peixe é rápido, forte, e vai fazer você vibrar ao fisgá-lo.