Considere levar pelo menos três equipamentos bem específicos para ter sucesso nesta pescaria
Por Juninho
Costumo pescar com três conjuntos de vara e carretilha para pescar com ceva. O primeiro consiste em uma vara longa de 2,7 m com carretilha de perfil redondo, carregada com linha monofilamento de 0,40 mm. Acredito que, por ter muitos metros de linha dentro d’água, a mono se torna muito mais resistente a abrasão. O conjunto de linha e isca é solto no copinho, um apetrecho que, sem dúvidas, é importante para o sucesso da pescaria, pois com ele há a possibilidade de enviar a isca centenas de metros abaixo de onde você está fundeado.
Nesta vara, uso como isca caranguejo inteiro ou em pedaços. A distância entre o barco e a soltura da isca é de até 80 m, mas, durante o dia, vou mudando de lugar até achar o peixe. Priorizo espécies maiores, mais velhacas (piapara, pacu e piavuço), que, devido a profundidade do rio, que é raso, não se aproximam da embarcação – lembrando, também, que o silêncio a bordo é fundamental.
O segundo conjunto é composto por uma vara média de 1,80 m com carretilha carregada com linha multifilamento de 0,23 mm. Arremesso a 30 ou 40 m de distância e deixo à esquerda, na espera. Costumo usar, como isca, o caramujo em pedaços.
Por fim, o terceiro conjunto é uma vara pequena usada nada rodadinha, de 1,3 m, com carretilha carregada com linha monofilamento de 0,33 mm. É importante usar o chumbo adequado, que não pode ser muito leve ou pesado, pois a técnica consiste em soltar a linha com a isca de minhoca próxima ao cevador, e garimpar rio abaixo.
Faço rodadas curtas, como 40 ou 50 m, e confesso que é com esta vara que me divirto mais – são peixes pequenos, mas que geram muitas ações há enquanto aguardo os exemplares maiores atacarem as varas de espera.
É recomendável que o pescador tenha um ou mais conjuntos na reserva, lembrando que, se houver um companheiro, são duas varas para cada pescador, uma solta no copinho e outra na mão, na rodadinha.
Mais equipamentos
Os modelos e tamanhos de anzóis dependem muito das espécies que serão capturadas, mas sempre uso o encastoado, que eu mesmo preparo – outra coisa que gosto em relação à modalidade. Mesmo o da varinha de mão, em que uso minhoca, se não encastoar o pacu-prata pode cortar a linha ou até mesmo o anzol. Nesta vara, geralmente uso o anzol número 8 ou 10 (há uma fisga atrás, que fixa melhor a minhoca). Outros modelos que uso na espera, para caranguejo e caramujo, são o Tinu e o Maruseigo em vários números (4, 5, 6, etc).
Sempre opto por pescar em lugares de até 4 m de profundidade. Neles, a rodadinha é tranquilo, pois, no Pardo, as áreas rasas são maioria. Esses locais também são produtivos, mas praticar a rodada é difícil, lembrando que a produtividade é maior quando fundeamos próximos a canais e cabeças de pedra.
O líder de fluorcarbono é indispensável. Uso, na rodada o de 0,31 mm e 0,40 mm na espera. Outro item que não pode faltar é o salva-varas. Cadeira, suporte e guarda-sol também são indispensáveis. Por fim, um bom motor e barco completam a tralha.