O pescador deve ficar atento aos detalhes d’água para definir a isca mais atrativa
Por Rosa Nakamura
A pescaria de tucunaré no visual é bastante prazerosa. Minha experiência se deu num local peculiar. Foi em águas transparentes, onde pude lançar a isca artificial, vendo o peixe no Rio Paranaíba, afluente do Suiá Miçu. Bem. Este local não tem apenas o forte trairão.
As águas cristalinas deste rio são mágicas. Com características próprias para a pescaria no visual. Tem foz em delta onde se formam várias ilhas e canais entre elas. Seu leito é de areia, com vasta vegetação subaquática.
Nosso alvo foram os tucunarés-amarelos, que são constantemente vistos, em bando ou em casais. Espécie endêmica, de cor amarelo intenso e faixas não muito definidas, de tamanho avantajado e de força descomunal. Espécie denominada tucunaré-do-Xingu.
O que torna a pesca em água clara mais interessante é a necessidade de aguçar a visão e tornar mais eficaz sua percepção e instinto, para saber onde o peixe se encontra. É primordial também utilizar bons óculos polarizados.
Ao visualizar o peixe, a escolha da isca certa é imprescindível. Se ele está em águas mais profundas, arremesse uma que afunde mais rápido (jig ou rattler); se estiver manhoso, uma meia-água, sem muito rattlin; mas se perceber que está caçando, as mais barulhentas e de superfície são as ideais e as que causam maior emoção, com a explosão do peixe.
As fotos tiradas neste ambiente de águas transparentes e cor do peixe única tornam as imagens diferenciadas e incríveis.