Flagrante se deu na região de divisa com o Paraguai, onde denúncias apontavam para prática constante de pesca predatória
Por Lielson Tiozzo, com informações da PMA/MS
A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul apreendeu 42 espinheis com 1200 anzóis e 67 anzóis de galho durante uma operação na foz do Rio Apa, na fronteira com o Paraguai. O flagrante se deu depois de denúncias que pescadores estariam aproveitando o período de piracema e a vulnerabilidade dos cardumes para cometer a pesca predatória. Quando percebem a aproximação de policiais, fogem para o país vizinho, onde não podem ser presos. As ações costumam se dar durante a noite.
“Durante os trabalhos até agora não foi encontrado nenhum pescador nos rios na região. Bloqueios também estão sendo executados nas rodovias e estradas vicinais próximas dos rios. Ressalta-se que a pesca também está fechada pela legislação do Paraguai”, informa a PMA, por meio de nota.
Os materiais de pesca predatória foram apreendidos entre quarta e quinta-feira, 18 e 19. Outras operações já haviam se dado no local. Nos dias 26 e 27 de outubro, quando a pesca estava aberta, oito espinheis (cabos de aços e cordas com 30 anzóis grandes, estendidos pelo rio) com 30 anzóis cada um, que estavam armados no curso rio Apa, tinham sido retirados, durante a Operação Pré-piracema.
Nos dias 28 e 30 de outubro, foram apreendidos mais 50 espinheis e mais 165 anzóis de galho nos rios Apa e Paraguai. Vários peixes que estavam vivos nos petrechos ilegais foram soltos no rio.
“Fiscalizações preventivas dessa natureza são fundamentais para a prevenção à pesca predatória, em princípio, para que os pescadores continuem respeitando as normas, mas principalmente, para a retirada desses petrechos ilegais, tendo em vista o grande poder de captura e depredação dos cardumes, como esses retirados do rio pelos policiais”, informa a PMA.
“Além disso, há grande dificuldade de deter os autores, pois tais petrechos são armados em curto espaço de tempo e os pescadores não permanecem no rio durante a pesca, fazendo somente a retirada dos peixes, também em tempo bastante curto. Na área fiscalizada, a maioria dos petrechos é colocada por pescadores paraguaios”.