Pescaria de pintado no corrico: o que você precisa saber

Como funciona a técnica e alguns conselhos de equipamentos adequados para dar tudo certo

A pescaria de pintado no corrico pode não ser muito praticada no Brasil. No entanto, quem visita o Rio Paraná, em Corrientes (ARG), vai ser animado a empregar a técnica para fisgar os maiores exemplares. E faz todo sentido! O “trolling” costuma ser o meio mais eficiente para ter sucesso.

O corrico para pescar pintado, também conhecido como surubim, se dá da seguinte maneira. A embarcação fica em movimento bem lento, rebocando uma isca artificial de barbela. Um truque que os guias costumam fazer para fisgar a espécie é navegar a favor da correnteza. É uma maneira de fazer com que a isca permaneça no fundo, o raspando, e não atue na meia água, na área de ação dos dourados.

O equipamento deve ser bem escolhido. A vara deve ser de ação moderada, a fim de não prejudicar o nado da isca. O comprimento deve ser sempre acima de 6’ (1m80), para garantir maior poder de alavanca e ajudar na briga com o peixão. A resistência pode variar, mas geralmente ela deve começar a partir de 25 lb. A linha deve ser de multifilamento, dê preferência para espessuras de 0,22 a 0,25 mm. O diâmetro mais fino vai ajudar com que a isca chegue na profundidade desejada mais rapidamente.

Alguns pescadores ousam a empregar uma linha mais fina ainda. Um líder de náilon ou de fluorcarbono de 0,50 a 0,70 mm é uma boa, uma vez que o fundo do rio é repleto de estruturas cortantes.

Esteja preparado para um longo embate. Como a linha é fina e a vara nem é tão parruda, o peixe parece ter vantagem. Por isso, não force a barra. Tenha calma e deixe com que o guia faça as manobras necessárias para que você possa brigar em “terreno limpo”.

Seguindo estas recomendações, a chance de você ter um peixão nos braços para a fotografia é enorme.

Os maiores pintados do Rio Paraná costumam ser pescados com a técnica do corrico