Um truque caseiro, usando uma caneta de tinta permanente deve aumentar o número de capturas da espécie que costuma ser arisca
Por Juninho
Quando vou pescar pacus em rios um detalhe que aumenta bastante a produtividade é a camuflagem do anzol e do encastoado, sendo assim uso anzóis pretos sem farpa e cabo de aço flexível revestido de nylon na mesma cor.
Como as luvas são de inox, as pinto com caneta de tinta permanente preta. É importante ressaltar que o tamanho do chicote de aço tem que ser de aproximadamente 15 a 20 cm. Lembre-se também que esse trabalho todo não vale nada se durante a apresentação a ventilar (rodar).
O melhor jeito para pescar a espécie é com varas de 2,70 a 3 metros de espera, na técnica que chamo de “balancinho”, que consiste em deixar a vara solta sobre um apoio. Para isso, preparo a vara, enrolando e colando uma corda fina de polipropileno na haste da vara em espiral, que serve de apoio para a regulagem da posição da ponta.
Em vez de girador triplo e peso travado, faço a montagem com o chumbo livre auxiliado por dois giradores. Neste caso, a vara vai estar totalmente livre, denunciando facilmente a pegada do peixe. Uso líderes de um a três metros de fluorcarbono 0,34 mm (invisibilidade e resistência à abrasão) e na perna do chumbo no máximo 25 cm de linha mais fina, que serve como fusível, pois caso o chumbo trave ela se romperá antes deixando a linha principal livre.
Nesta situação a casquinha de sorvete para a soltura da isca é indispensável, possibilitando distâncias maiores que as alcançadas se fossem arremessadas. Por isto a necessidade de varas compridas que compensam na fisgada a elasticidade de muitos metros de linha. Dessa forma, as carretilhas que armazenem mais de 100 m de linha 0,35 mm se tornam as ideais, como as de perfil redondo.
Outro apetrecho que não pode faltar é um grande passaguá. Ele oferece mais segurança no embarque, auxiliando até mesmo a pesagem.
Para finalizar, depois de tudo preparado, ainda vejo como uma grande virtude a paciência. Junte ela a uma boa cadeira, guarda-sol e uma conservadora com comida e bebida para ter uma pescaria agradável, interagindo com a natureza, pois estará sentado em meio às águas, sentindo o vento e observando tudo à sua volta, como o cantar e a revoada dos pássaros, a movimentação dos peixes e ainda por cima o som das águas. Com isso a puxada será mera consequência!