Uma boa pedida em épocas de economia é fazer uma pescaria que sempre remete aos “velhos tempos”
Como pescar tilápia na minhoca? Parece simples. Afinal de contas, esta é uma espécie popular e a isca pode ser considerada “padrão universal”. No entanto, existem alguns macetes e peculiaridades que devem ser levadas em conta.
Se a sua opção for a minhoca como isca, tenha em mente que estas técnicas são bem promissoras para épocas mais quentes. O Verão é bem propício.
Confira a seguir as dicas do staff Gustavo dos Reis, o Gugu, sobre como ter sucesso com as tilápias na minhoca.
O equipamento
Para executar esses arremessos relativamente longos eu recomendo utilizar varas com comprimento entre 6 ½ e 8 pés (aproximadamente entre 2 e 2,5 metros), de ação média e preferivelmente com molinetes, que sem dúvida são mais apropriados para arremessar boias com pernadas do que as carretilhas.
Linhas com diâmetro de 0,30 ou 0,35 mm são as mais indicadas para a situação, pois, além de facilitarem bons arremessos dos conjuntos relativamente leves de “bóias/iscas” a serem utilizados, têm resistência mais do que suficiente para os peixes que pretendemos capturar.
As boias de arremesso indicadas são as com peso entre 10 e 20 gramas, e os anzóis de tamanhos entre um e dois devem obrigatoriamente ser aqueles providos de duas farpas na haste para facilitar a iscada das minhocas. O conjunto “bóia/anzol” deve ser montado com uma pernada de comprimento entre 50 centímetros e 1 metro, feita preferivelmente com linha de “fluorcarbono” (praticamente invisível dentro da água) com aproximadamente 0,40 mm de diâmetro.
As iscas
O detalhe mais importante para a prática dessa modalidade é a escolha das iscas a serem utilizadas. Só funciona com minhoca “brava”. Não adianta nem tentar outras, porque o resultado com as tilápias grandes é praticamente nulo.
O ideal é iscar três minhocas de cada vez da seguinte maneira: transpasse o anzol por cerca de um centímetro no sentido longitudinal. Então, no meio do corpo da primeira minhoca trave a mesma na farpa mais próxima da argola do anzol. Faça o mesmo com a segunda minhoca. Travando-a na farpa do meio. Isque a terceira da mesma maneira, apenas tomando o cuidado de transpassar o anzol por um pedaço maior da minhoca. Faça isso de maneira que ela cubra o restante do anzol e fique travada na farpa da ponta.
A fisgada
Tudo pronto,é só arremessar e ficar aguardando a boia começar a andar pela superfície. Então, nessa hora, apesar da vontade de dar aquela fisgada ser grande, é preciso manter a calma. Deixe a boia passeando para dar um tempo mínimo necessário para que o anzol esteja dentro da boca do peixe.
Detalhe: esse tempo “mínimo necessário” é totalmente incerto e pode variar para cada peixe, dependendo da rapidez com que ele “sugue” as minhocas – e aí é que entra a sensibilidade de cada um para decidir o momento da “fisgada certeira”