Vento, claridade e velocidade devem ser levados em consideração na hora colocar as artificiais em ação
Por Alex Koike
Muitos detalhes influenciam o trabalho da isca de superfície, por isso o pescador deve ficar atento a cada mudança e o que isso interfere no local em que está acostumado a pescar.
O vento no geral é um fator muito importante e poucos pescadores dão valor, pois contribui para uma água de melhor qualidade, mais oxigenada.
Outra vantagem é quando ele deixa a superfície da água encrespada, o predador se sente mais confortável para atacar sua presa.
Porém, em certos casos, o vento pode limitar a sua pescaria, ou seja, se ele estiver muito forte vai atrapalhar a ação da sua artificial ou a apresentação da isca, especialmente na pesca com mosca.
Se o ponto for aberto ou estiver sob influência de uma corrente mais forte, evite usar iscas de trabalho lento, prefira as de nado rápido, simulando fuga, como as das zara, jumpping minows, hélices e semelhantes.
Já, em locais com estrutura mais fechada, dê preferência a iscas de trabalho mais lento como poppers e sticks para provocar o predador.
A claridade também influencia
Os peixes preferem pontos com luminosidade mais baixa, que sejam mais confortável ao seus olhos. Por isso, não é errado dizer, que os melhores horários são pela manhã e o final do dia.
Também é comum que eles se locomovam durante o dia, como é o do tucunaré e do bass, que atacam próximos à margem em alguns horários e em outros podem migram para o meio do lago.
Pensando nisso, alterar completamente a direção dos arremessos pode render algumas boas fisgadas.
Você pode tirar proveito dessas situação, como o editor Tuba faz no mar. Ele sempre procura posicionar o seu barco do lado em que vem o vento.
Os arremessos a favor do vento são mais longos e nesse tipo de pescaria a distância é fundamental, pois desta forma você consegue trabalhar as iscas mais afastadas da embarcação e com menos possibilidade da mesma espantar os peixes.
E a velocidade de trabalho?
Pode-se dizer que cada espécie de peixe prefere um tipo de trabalho.
Na água salgada, os xaréus-brancos por exemplo, gostam do trabalho da isca artificial de superfície bem lenta, com “paradinhas”. É normalmente esse o momento do ataque, já outros como os atuns gostam de velocidade máxima.
Mas além desse fator, existe a chamada “janela de captura”. Basicamente, se o peixe está ativo e caçando, a janela é grande e isso ajuda a definir a artificial e o nado. Nesse caso, geralmente rápido, simulação uma fuga.
Se a área de ataque é pequena (janela curta) opte por iscas lentas. O popper lembra um exemplar se alimentando em território alheio, já o stick imita um peixe ferido, em agonia.
Não se esqueça que a profundidade também pode influenciar no trabalho da isca de superfície para despertar o interesse dos predadores.