Índios ajudam a preservar pirarucus no sul da Amazônia

“Gigante da água doce” pode alcançar 3 metros e é ‘queridinho’ de pescadores

Em 2022, três comunidades indígenas da Amazônia celebram dez anos de pesca sustentável de pirarucu. Isso ajudou a região a arrecadar praticamente R$ 1,5 milhão, além de desenvolver a alimentação e manter a natureza equilibrada. 

A ação dos índios começou após barcos invadirem o rio Tapauá, no sul do Amazonas, para capturarem o peixe de forma desordenada. A ameaça de extinção do imponente animal na região fez os nativos mudarem o destino dos pirarucu.

“As crianças não conheciam mais o pirarucu”, contou Maria do Rosário, do povo Paumari, ao site Ciclo Vivo. 

Em 2009, os Paumari e outros povos começaram uma força-tarefa para vigiar os lagos e passaram a fazer uma contagem dos peixes vivos na região. Desde 2013, eles estão autorizados a consumir 30% das unidades contabilizadas. 

Os cerca de cinco anos sem pesca foram necessários para afastar o risco de extinção dos pirarucu. O peixe é um dos maiores de água doce do mundo, o que chama muita atenção dos pescadores. Eles podem alcançar três metros e  e pesar 330 kg. Na região, é proibida a pesca predatória de pirarucus com menos de 1,5 m, pois eles ainda têm muito potencial reprodutivo.