Situação parece mais complicada nos Estados Unidos, segundo a Seafood Watch
A Seafood Watch citou a pesca de lagosta como uma ameaça à vida das baleias. A organização que monitora a atividade dos peixes de oceanos, destaca que as redes de pesca usadas para capturar os crustáceos acabam danificando e até matando os mamíferos.
De acordo com relatório dos pesquisadores, cerca de 100 baleias ficaram feridas ou morreram após contatos com redes e/ou barcos de pesca nos últimos seis anos. Os especialistas classificam o fato como um “evento de mortalidade incomum”.
Os dados foram divulgados em setembro, mês em que a instituição também colocou diversas pescarias em uma lista vermelha, por conta do risco que apresentam às baleias.
Hoje, há cerca de 350 baleias-francas-do-atlântico-norte na Natureza e, de acordo com a Seafood Watch, cerca de 80% já teve contato com redes de pesca. O animal, portanto, é um dos mais ameaçados de extinção.
O documento da Seafood Watch fez alguns fornecedores, especialmente do estado americano do Maine, interromperem a venda de lagostas, para proteger as baleias. O local é responsável por cerca de 80% das lagostas capturadas nos país.
Em 2021, a pesca dos crustáceos gerou 725 milhões de dólares em venda (aproximadamente 4 bilhões de reais na cotação atual).
Por outro lado, a maior parte das autoridades locais assina um documento defendendo a pesca de lagostas. Eles acreditam que o relatório da Seafood não tem muitas evidências de que uma coisa está relacionada com a outra. Já os ambientalistas e especialistas mostram alinhamento com a Seafood.