Iniciativa do Instituto desempenha papel fundamental no processo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG)
O Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desempenha um papel fundamental no processo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), no ano de 2015, que ocorre por meio de sua participação no Projeto de Monitoramento e Caracterização Socioeconômica da Atividade Pesqueira no Rio Doce e no Litoral do Espírito Santo (PMAP-MG/ES).
O Projeto surgiu de um convênio entre o Instituto, a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Fundação Renova (entidade responsável pela mobilização do processo de reparação dos danos relacionados ao caso), que, juntos, avaliam a evolução da interferência do rompimento da barragem de Fundão em Mariana sobre a atividade pesqueira, extrativa e aquícola, abrangendo os ambientes continental do Rio Doce (MG e ES) e marinho do Espírito Santo.
De acordo com pesquisador do IP, diretor do Laboratório de Estatística Pesqueira e coordenador geral do PMAP-MG/ES, Antônio Olinto Ávila da Silva, “o convênio entre o Instituto de Pesca, a UFES e a Fundação Renova proporcionou a condição de trabalho ótima para o desenvolvimento de uma pesquisa fundamental para a avaliação da resposta da atividade pesqueira ao rompimento da barragem de Fundão. A experiência do Instituto na realização de monitoramento e caracterização socioeconômica das pescarias marinha e continental, aliada ao conhecimento da UFES sobre o território afetado, tem garantido a execução de levantamento de dados e estudos inéditos, que mostram a importância da atividade pesqueira na região, como ela foi afetada e como procura se recuperar”.
O especialista avalia que “o PMAP-MG/ES é um serviço de extrema importância, já que proporciona informações essenciais para as ações de retomada socioeconômica das atividades pesqueiras e aquícolas, identificando quais recursos estão disponíveis à pesca, modalidades e petrechos de pesca utilizados, além de traçar o perfil dos pescadores e pescadoras afetados”.
Programa de Monitoramento da Atividade Pesqueira – PMAP-SP
Desde a década de 1940, o IP (à época denominado Instituto de Pesca Marinha) é responsável por coletar e processar dados sobre a pesca no litoral paulista. Atualmente estes dados são inseridos em um banco de dados e utilizados para produção de estatísticas pesqueiras que subsidiam a elaboração de políticas públicas nas esferas municipal, estadual e federal.
Este ano, o PMAP-SP se destacou no IV Fórum de Programas de Socioeconomia do Licenciamento Ambiental Federal, conduzido pelo Ibama, e foi credenciado entre 13 dos 35 projetos inscritos no âmbito nacional, pelas suas práticas socioambientais decorrentes de medidas de compensação de impactos ambientais.
Sobre o Instituto de Pesca
O Instituto de Pesca é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica, vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem a missão de promover soluções científicas, tecnológicas e inovadora para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.
Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é a entidade responsável pela mobilização voltada à reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A organização reúne técnicos e especialistas de diversas áreas de conhecimento, dezenas de entidades de atuação socioambiental e de conhecimento científico do Brasil e do mundo, somando, atualmente, cerca de 6 mil pessoas (entre colaboradores próprios e parceiros), que trabalham no processo de reparação, de Mariana à foz do rio Doce.
Ciência da pesca
A coluna Ciência da Pesca, novidade no site da Pesca & Companhia, é uma parceria com o Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os textos publicados aqui são recebidos pelo Instituto e têm como objetivo divulgar o pensamento científico por trás da pesca, aquicultura e recursos hídricos.
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