Brasil fez acordo para ‘devolver’ mais de 1,5 tonelada e meia após passar limite da pesca de atum na última temporada
Entre os dias 22 e 24 de maio, representantes e cientistas de vários países se reuniram para discutir o ordenamento e a captura sustentável dos atuns tropicais. O Brasil, especialmente nos estados de Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Norte, desempenha um papel crucial na pesca dos atuns tropicais, que têm uma grande contribuição para a economia e segurança alimentar do país.
Os métodos de pesca utilizados são diversos. Tanto no litoral Sul quanto no Nordeste, a técnica mais comum é o espinhel de superfície. No entanto, a pesca conhecida como “cardume associado”, regulamentada no ano passado no Brasil, vem ganhando popularidade.
De acordo com o ordenamento pesqueiro internacional dos atuns, o Brasil seria penalizado em 2024 por exceder a cota de 6 mil toneladas desde 2019, período em que o país teve dificuldades em controlar as capturas. Assim, em 2024, deveria “devolver” 1.587 toneladas e pescar apenas 4,41 mil toneladas, o que teria um impacto social e econômico significativo na cadeia de produção.
Para evitar essa penalização, a delegação brasileira apresentou um plano de devolução ao longo de cinco anos (2024-2028). O MPA relatou os vários avanços no monitoramento da pesca desde janeiro de 2023, com a recriação do Ministério, e os mecanismos de controle e pesquisas sobre capturas e desembarques da albacora bandolim (espécie de atum) implementados este ano.
Também mencionou os investimentos de mais de 15 milhões de reais em ferramentas de gestão pesqueira. A comissão de cumprimento da ICCAT ficou impressionada com o relato, e a proposta do Brasil foi aprovada na reunião anterior, realizada no Egito, em novembro de 2023.
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