Nesta terça-feira, pescadores espanhóis protestaram em frente à sede da Comissão Europeia em Madrid contra o plano da União Europeia de reduzir a pesca de arrasto no Mediterrâneo. A medida, que prevê cortar em 79% o número de dias permitidos para a atividade, é vista como um risco à sobrevivência do setor pesqueiro na Espanha.
Representantes do setor argumentam que a iniciativa pode levar à perda de cerca de 17 mil empregos e ao desaparecimento de 556 embarcações dedicadas à pesca de arrasto. As organizações responsáveis pelo ato público pedem que o novo Comissário das Pescas, Costas Kadis, reveja o plano.
Javier Garat, presidente da Confederação Espanhola de Pesca e da Europêche, declarou à RTVE que a proposta equivale a uma “sentença de morte” para a pesca de arrasto no país. Segundo ele, políticas ambientais têm prevalecido sobre questões sociais e econômicas, sem a devida consideração às demandas do setor.